Irmão amarrava crianças para cometer abusos
Uma denúncia feita no Conselho Tutelar confirmou que duas crianças, uma menina de oito e um menino de sete anos, que moravam no Ramal 3, nas proximidades da Escola Rainha da Floresta, estavam sendo abusadas sexualmente, afirmou o Conselheiros José Cláudio, que acionou a delegada Carla Ivany, da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) e junto com policiais foram até a localidade e depois de investigar a denúncia e conversar com as crianças comprovaram o crime.
Segundo depoimento das crianças o abuso inicialmente foi cometido pelo irmão mais velho, Abrahão Lima de Souza, conhecido por Marcione, 18, que durante algum tempo amarrava as crianças para fazer sexo. Cansada do abuso a menina contou o problema a pai que expulsou o irmão de casa. Em seguida o próprio pai, João Pereira de Souza, 46, passou a abusar da menina e diariamente fazia sexo vaginal e anal com a mesma. A mãe da criança tinha abandonado o lar por motivo de violência doméstica.
“Mais uma vez recebemos uma denúncia de que crianças poderiam estar sofrendo abuso no Ramal 3, na comunidade São José, nas proximidades da Escola Rainha da Floresta. Cumprindo nossas atribuições acionamos a delegada e juntamente com policiais fomos a comunidade para averiguar a situação. Conversando com pessoas da comunidade e com as crianças comprovamos a denúncia, trouxemos as mesmas para fazer o exame no Instituto Médico Legal (IML) que comprovou a conjunção carnal”, afirmou o conselheiro tutelar.
Depois de comprovada a denúncia a delegada pediu a prisão preventiva dos acusados, cujo mandado foi cumprido na sexta-feira (27) e os acusados foram encaminhados à penitenciária.
“Diante da comprovação dos exames de conjunção carnal e do relato dos menores houve a representação pela prisão temporária dos acusados que foi acatada pela Justiça e cumprida na sexta-feira (27). A prisão temporária é importante porque podemos instruir o inquérito policial sem a intervenção dos acusados”, disse.
Segundo a delegada existe uma grande possibilidade da comprovação da autoria pela riqueza de detalhes revelados pelas crianças que contam o que sofreram.
“Inicialmente as crianças relatam que o irmão mais velho amarrou-as para cometer o crime contra o menino e em seguida contra a menina. Quando a menina falou para o pai sobre o ocorrido ele expulsou o irmão mais velho de casa, mas em seguida passou a violentar a menina diariamente”, disse.
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