Justiça de Feijó despeja família e crianças não tem para onde ir


Essa segunda-feira, 27/08, ficará marcada para sempre na vida da doméstica e desempregada Antonia Alzira da Silva, mãe de 6 filhos,operada de poucos dias,que a mando de um fiscal da prefeitura apossou-se de um terreno no Bairro da Conquista.foi um dia de angústia,desespero e revolta para mais uma vítima da desigualdade social de um Brasil em que moramos.
Antonia Alzira passou dois anos lutando para conseguir um terreno e lá construir uma casinha onde pudesse morar com os filhos de forma digna e humana.
Foi então, que um dia, ela estava no bairro olhando onde tivesse um terreno desocupado para pedir ao prefeito. Vendo a sua busca, um fiscal aproximou-se e lhe disse: Olha aquele terreno ali, a mulher que tirou não precisa, ela é funcionária do Posto de Saúde Maria Alice, tirou o terreno e nunca foi feito nada.
Animada, Alzira, com ajuda de amigos começou a construir e antes de terminar passou-se pra dentro com os filhos. Mas, o sossego e o sonho de ter uma casinha que parecia para sempre demorou pouco. Pois, logo apareceu uma senhora chamada Maria Francisca, dona de casa própria, funcionária do posto de saúde do Bairro esperança e candidata a vereadora pelo PV que nunca tinha precisado do terreno e levou o caso para a justiça.
Com argumento que não entendemos ela convenceu a  justiça que lhe deu ganha de causa mesmo existindo uma lei votada e aprovada pela Câmara de Vereadores que determina que uma pessoa ao receber um terreno do patrimônio público, no caso da prefeitura,tem no máximo 120 dias para construir e residir, sob pena do terreno retornar ao patrimônio e ser repassado para outra pessoa.
Um outro agravante,é que os terrenos que a prefeitura comprou foram para doar para as pessoas carentes que não tivessem onde morar depois de um rigoroso cadastro feito pela Ação Social com critérios estipulados pela própria lei votada e aprovada no município.
Só que 25% dos terrenos já foram vendidos. Outros estão à venda. Isso mostra o quanto à coisa foi feito errada, sem controle, sem os critérios e sem fiscalização. Se as pessoas receberam terrenos e venderam ou trocaram até por um botijão de gás é porque não precisavam.
Erraram os vereadores que fugiram de suas responsabilidades de fiscalizar a coisa pública. A prefeitura que não aplicou a lei e deixou de lado a forma legal de entregar os terrenos e fiscalizar até que os donos construíssem, e a justiça que não fez um levantamento criterioso para saber se a denunciante tinha razão, se preenchia os critérios, se podia tirara e deter um terreno público. Se tinha casa própria.
Por causa de tantos erros e de tantas irresponsabilidades uma mãe de família desempregada foi despejada, sem ter onde morar, operada, rodeada de filhos chorando sem saber onde dormir e o que comer em meio aos escombros de uma casa desmanchada com ela dentro que por direito seria sua.A Rádio FM vai correr a traz do Ministério Público e de advogados para ver essa situação e ver quem tem razão.
fonte    radiofmfeijo.com

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