A Polícia Civil já tem provas de que os crimes foram praticados depois de uma ordem vinda do presídio por meio de um telefonema.
A polícia investiga ainda outros quatro assassinatos ocorridos na região/Foto: A Tribuna
Líderes
de quadrilha de assaltantes e traficantes que estão presos na Unidade
de Recuperação Social Dr. Francisco d’Oliveira Conde, o maior presídio
do Estado, mesmo atrás das grades e com longas penas a cumprir continuam
com poderes totais, inclusive de mandar matar rivais ou pessoas que
interferem ou mesmo atrapalham a ação dos criminosos.
Na
3ª Regional (Adalberto Sena) pelo menos três assassinatos com sinais de
execução estão sendo apurados e já existem indícios de que a ordem para
que fossem cometidos os homicídios partiu de um único traficante que
comandava o tráfico na região dos bairros Tancredo Neves e Alto Alegre
e, que está preso.
A Polícia Civil
já tem provas de que os crimes foram praticados depois de uma ordem
vinda do presídio por meio de um telefonema. Inclusive dois soldados do
tráfico responsáveis pelas execuções já estão presos. Edney Araújo de
Carvalho (23), uma das vítimas foi executado com cinco tiros por causa
de uma dívida que teria com a esposa do mandante, que assumiu os
negócios depois da prisão do marido.
Durante
as investigações a polícia prendeu Eliton do Nascimento, o “Ratinho”
(19) e Adriano Alves da Silva, o “Popó” que, apesar da pouca idade, já
são profissionais e trabalham para o tráfico da região. Eles confessaram
a autoria de pelo menos quatro assassinatos, dois na invasão do
Caladinho, um no bairro Alto Alegre, e um quarto ocorrido no clube
Esquinão do Forró, quando “Ratinho” matou um rapaz por engano.
Investigadores
do setor de crimes contra a vida da 5ª Regional estão tentando reunir
provas contra o suposto mandante das execuções, já que os autores dos
delitos permaneceram calados durante seus respectivos depoimentos.
A polícia investiga ainda outros quatro assassinatos ocorridos na região com indícios de terem sido praticados por encomenda, dentre eles de um presidiário, que foi sequestrado de sua casa no bairro Recanto dos Buritis e seu cadáver desovado no Rio Acre com várias perfurações de projéteis de arma de fogo.
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