O que Significa o Natal? O que Significa o Nascimento de Jesus?


Quem é Jesus? Quem é este de quem tanto se fala? Quem é este a respeito do qual tantos divergem? Quem é este que provoca tantas polemicas entre os homens? Quem é este pelo qual muitos em pleno século XXI ainda dão as suas vidas? Quem é este que dividiu a história em antes dEle e depois dEle? Quem é este que praticamente todo o mundo pára para comemorar o Seu nascimento? O que existe de tão significativo neste homem? Afinal, o que significa o seu nascimento para os homens, para o mundo? O que significa o Natal?
Infelizmente, o Natal vem se tornando uma época em que cada vez mais as pessoas se concentram tão somente em comprar, trocar presentes, comer, beber, festejar, viajar, comer panetones, enfeitar ruas, casas, escritórios, montar árvores de Natal, falar em Papai Noel, etc. Mas o que realmente significa o Natal? O que de fato significa o nascimento de Jesus? Para nós cristãos, o nascimento de Jesus tem muitos significados. Nesta reflexão, gostaria de destacar quatro significados que para mim parecem da maior importância. Se não, vejamos.
O nascimento de Jesus significa que Deus é real e se revelou à humanidade – Algumas pessoas perguntam: Deus de fato existe? Uns fazem esta pergunta com sarcasmo e incredulidade, outros a fazem com um desejo real de descobrir a verdade. Bem, se Jesus foi de fato um personagem histórico, se Ele de fato foi quem disse ser, se Ele de fato ressuscitou conforme os primeiros cristãos asseveram que aconteceu e conforme nós cristãos atuais cremos pela fé, então, Deus existe. Porque Jesus reivindicou ser o Filho de Deus e ao ressuscitar provou que estava falando a verdade. É interessante que muitos, até mesmo céticos, apreciam os ensinamentos de Jesus, a sabedoria de Jesus, mas não querem aceitar as reivindicações dEle quanto à Sua divindade. Será que alguém que é apontado com um grande mestre da moral, mentiria a respeito de algo? Devemos ficar apenas com seus ensinos morais e rejeitar suas reivindicações quanto à Sua divindade? Como alguém já disse, ou Jesus estava falando a verdade sobre tudo o que Ele ensinou, inclusive sobre sua identidade divina, ou ele tinha problemas mentais. Não nos parece que alguém que ensinou os valores e os princípios que Jesus ensinou fosse uma pessoa com problemas mentais, por isso, nós cristãos cremos que Ele de fato era quem Ele disse ser, ou seja, o Filho de Deus. E se Ele é o Filho de Deus, então de fato Deus existe e é real.
Mas o nascimento de Jesus não significa apenas que Deus é real, significa também que Ele se revelou à humanidade. Muitas pessoas, ao longo da história têm acreditado na existência de um criador, até porque isso pode ser deduzido a partir da criação. O universo, nosso planeta terra e tudo o que nele existe, aponta para a existência de um arquiteto inteligente que tudo planejou. Até mesmo muitos cientistas e filósofos têm admitido isso ao longo dos tempos. Todavia, surge outra questão: este Ser supremo, criador de todas as coisas, se revelou? Ele se deu a conhecer? O nascimento de Jesus significa que sim, Ele se revelou. Porque Jesus é o cumprimento de uma história de revelação e redenção. O Messias começou a ser profetizado nas Escrituras judaicas desde os acontecimentos no Éden. Lembremo-nos também de que Jesus e os apóstolos que com Ele conviveram nos ensinaram que Ele, Jesus, é o único caminho de acesso a Deus. E nós cristãos, cremos que isso é verdade, pois a ressurreição de Jesus confirmou tudo aquilo que Ele ensinou (Se você tem dificuldades em crer na ressurreição de Cristo, investigue as suas credenciais e verá a sua veracidade). Portanto, cremos que o nascimento de Jesus significa que Deus é real e Ele se revelou sim à humanidade. Cremos ainda que esta revelação é única e se deu através da mensagem que conhecemos como a mensagem cristã.
O nascimento de Jesus significa que Deus é Justo e Amoroso – Jesus cumpre e confirma as Escrituras judaicas do Antigo Testamento. Estas Escrituras nos falam da criação do homem e de sua queda. A queda significa que os homens criados à imagem e semelhança do Criador decidiram se rebelar contra a Sua vontade. O pecado original separou o homem do Criador e afetou toda a raça humana. Para que houvesse uma restauração da comunhão do homem com Deus, para que houvesse o perdão de Deus para com a humanidade, a justiça de Deus precisava ser satisfeita, o preço pelo pecado do homem precisava ser pago. Todavia, o ser humano não tinha condições nem de alcançar a restauração da comunhão com Deus por seus próprios recursos, e nem tinha como satisfazer a justiça de Deus por seus próprios méritos. Só havia uma maneira de a comunhão ser restaurada, de a justiça de Deus ser satisfeita: o próprio Deus tomar a iniciativa de restaurar a comunhão e satisfazer a sua própria justiça. Por isso Deus enviou Jesus. Através de seu nascimento e morte, Ele satisfez a justiça de Deus, restaurou a possibilidade de comunhão do homem com Deus e nos ofereceu a possibilidade do perdão divino. Alguém poderia perguntar: por que Deus não nos perdoou sem que Jesus tivesse que morrer para satisfazer a sua justiça? Porque a justiça é algo que está intrínseco no caráter de Deus, é algo inseparável de sua essência, é algo que Ele não pode deixar de satisfazer. Essa questão pode ser ilustrada por uma história interessante. Conta-se que certa vez uma jovem motorista estava dirigindo em alta velocidade em uma estrada norte-americana. Foi parada por um guarda rodoviário que lhe aplicou uma multa. Conforme a legislação nos EUA, esta jovem teve que comparecer perante o juiz competente. Acontece que o juiz, além de juiz daquele tribunal era também o pai daquela jovem. Seria justo ele perdoá-la só por seu sua filha e assim descumprir a justiça ao negligenciar a legislação vigente? Se ele fizesse isso, toda a sociedade lhe criticaria e diria que ele havia sito injusto e havia favorecido a jovem somente por ser sua filha. O que o juiz fez então? Ele confirmou a culpa da jovem motorista bem como o valor da multa a ser paga. Todavia, após dar a sentença, ele tirou sua toga de magistrado, se colocou ao lado da filha, tirou a carteira do bolso e pagou a multa que ele mesmo havia determinado. Essa história ilustra como a justiça de Deus não pode deixar de ser satisfeita. Se nós humanos pecadores clamamos por justiça, desejamos que a justiça seja feita, imagine como Deus, que tem a justiça como um dos seus atributos, não requer a satisfação de Sua própria justiça. Nós, seres humanos somos culpados. Não há como sermos perdoados sem que a justiça de Deus seja satisfeita. Então, o próprio Deus que determinou a pena pelo pecado, assim como o juiz da ilustração acima, se despe de suas vestes divinas, abre mão temporariamente de seus atributos divinos, assume a condição humana e paga a sentença que nós mesmos deveríamos pagar. Desta forma, a justiça de Deus é satisfeita. Mas não apenas isso. Neste ato de Deus o seu amor também é demonstrado. No nascimento de Jesus e na Sua conseqüente morte, a justiça e o amor se encontram. A justiça de Deus é satisfeita e o Seu amor é demonstrado pelo fato de Ele fazer por nós o que nós mesmos não poderíamos fazer. Portanto, o nascimento de Jesus significa que Deus é um Deus justo e amoroso.
O nascimento de Jesus significa que Deus cumpre as suas promessas – Como foi dito acima, nas Escrituras judaicas que se tornaram o Antigo Testamento das Escrituras cristãs, a vinda do Messias (o ungido de Deus, o Cristo) foi profetizada desde os acontecimentos no Éden. Por toda a extensão dos livros do Velho Testamento são dezenas de profecias que se cumpriram em Jesus. É impressionante. Basta conferir. Se você ainda não fez isso precisa fazer. Não é uma questão de uma boa porcentagem de acerto, é uma questão de cem por cento de acerto. E isso merece a atenção de todos os homens. Pois se em Cristo todas estas profecias se cumprem, então isto significa que realmente existe um Deus que se revelou através da história e através do Messias que Ele disse, através dos seus profetas, que viria. Isso também significa que o Deus que se revelou através da história e através de Seu Filho é um Deus que cumpre as Suas promessas. Nas sagradas Escrituras, Ele tem dado maravilhosas promessas para aqueles que crêem em Jesus. Promessas de vida abundante nesta vida e de uma vida eterna com Deus após a nossa morte física. Todavia, a Palavra de Deus também contém promessas de punição e julgamento para aqueles que não atentarem para a Sua revelação em Cristo. O nascimento de Jesus significa que Deus cumpre as suas promessas. Que tipo de promessas queremos que se cumpram em nossas vidas?
O nascimento de Jesus significa que Deus se importa conosco – Ao ver todo o sofrimento pelo qual o ser humano passa, ao ver toda a injustiça que existe em nosso mundo, muitos se perguntam: Deus se importa conosco? Se Ele se importa, por que Ele permite o sofrimento, a injustiça? Não é nosso objetivo aqui dar uma explicação para o problema do sofrimento humano. Embora seja uma questão bastante difícil ,complexa e até certo ponto misteriosa para nós, é possível obter respostas a respeito desta questão. Todavia, para a finalidade desta meditação nos contentaremos em afirmar que nascimento de Jesus significa que Deus se importa conosco. Em Cristo, Deus demonstrou o quanto se importa conosco. Primeiramente, porque em Cristo, o próprio Criador assumiu a natureza humana se tornando como um de nós. Ele se humilhou ao assumir a nossa natureza. Ele se importou tanto conosco que se tornou um de nós. E ao se tornar um de nós Ele demonstrou todo o seu amor, misericórdia e compaixão. Ninguém jamais viveu como Ele viveu. Foi humilde, até mesmo pobre, para se identificar com os pobres. Deu atenção para aqueles que eram marginalizados para demonstrar o valor que cada ser humano tem independentemente de sua condição. Quanto aos enfermos, Ele os curou para mostrar que Deus se importa com os que sofrem. Ele mesmo enfrentou o maior de todos os sofrimentos. Foi injustiçado para demonstrar que se importa com os que sofrem injustiça, foi cruelmente açoitado e humilhado, morreu uma morte de cruz (que era uma pena de morte terrível) para, entre outras coisas, demonstrar que se importa com os que sofrem. Em Cristo, vemos que Deus se importa conosco. Quando Felipe lhe pediu que Ele mostrasse o Pai, Jesus respondeu: “Felipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9). Se quisermos saber se Deus se importa conosco, se quisermos saber o que Deus pensa e sente a respeito do sofrimento humano, basta olharmos para Jesus. Ao vermos Jesus vemos o Pai. O que Jesus pensou e ensinou é o que Deus sente e pensa a respeito do sofrimento. Ele se importa conosco. O nascimento de Jesus significa que Deus se importa conosco.
Diante de tudo o que está descrito acima, comemoremos o Natal com sabedoria, celebrando o seu verdadeiro significado e não apenas fazendo o que todos fazem sem refletir em seu verdadeiro sentido.
Diante de tudo o que está descrito acima, a atitude mais sábia que um homem pode ter é a de se prostrar diante de Jesus, confessando-o como Senhor e Salvador, e seguindo os seus ensinamentos. Pensemos seriamente no que Jesus ensinou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Se você estava procurando o caminho para Deus, a resposta é Jesus. Se você estava procurando a verdade em relação à existência e à realidade que nos cerca, a resposta é Jesus. Se você estava procurando a vida, a verdadeira vida abundante nesta terra e a vida eterna de bem-aventuranças que nunca se acaba, a resposta é Jesus. Renda-se a Ele. Disso depende toda a minha e a sua eternidade, bem como a de todos os homens!
Pr. Ronaldo Guedes Beserra

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