EXCLUSIVO – Presos do regime semi- aberto pagam agentes para não dormirem na cadeia

 De acordo com trecho da Ação, "Não há a mínima condição de continuar em funcionamento, tratando-se de verdadeiro depósito de pessoas humanas, que são privadas dos direitos básicos".
Um denúncia feita á  reportagem do ac24horas revelou um esquema de corrupção que envolve agentes penitenciários do Unidade Prisional 04, a Papudinha, onde cumprem penas os presos beneficiados com o regime semi-aberto.
De acordo com a denúncia, os presos pagam entre R$ 200 e R$ 300 para passar uma noite fora da cela, ação batizada de “ vale night”. A existência dessa prática foi confirmada pelo diretor do IAPEN, Dirceu Augusto da Silva e pelo diretor da unidade, Gilberto Rosas Leitão Júnior.
Depois de receber a denúncia a reportagem levou o fato ao conhecimento do diretor Dirceu Augusto, que de imediato determinou o início de uma investigação criteriosa para identificar os envolvidos no esquema. Para surpresa da administração penitenciária, já existia na corregedoria do Instituto um processo contra um agente acusado de receber propina para favorecer um detento.
“Nós temos que reconhecer que essa prática foi identificada naquela unidade. Encontramos listas com nomes de presos que não dormiram na cadeia mas que apareciam entre os recolhidos. Pegamos essas listas e encaminhamos para a perícia porque queremos comparar as assinaturas. Confirmamos que essa prática vinha acontecendo, mas ainda não chegamos aos envolvidos”, disse Dirceu Augusto.
Hoje duzentos e oitenta e seis reeducandos cumprem o regime semi- aberto na papudinha e diariamente o IAPEN registra falta de alguns por vários motivos. Gilberto Rosas falou que ao tomar conhecimento da denúncia alterou a forma como era feita a recepção aos presos e também substituiu algumas equipes.
“Nós mudamos a forma de controle de ponto e a assinatura da lista agora é feita embaixo de uma câmera de segurança. Temos já um processo em andamento e acredito que a partir dessa denúncia isso não irá mais acontecer na unidade”, comentou.
Como funcionava o esquema
De acordo com a denúncia feita á reportagem por meio de uma correspondência eletrônica, o preso pagava cerca de R$ 200 para o agente colocar seu nome na lista dos que chegaram na cadeia para dormir. Com o nome incluso entre os recolhidos, o detento ganhava uma noite de liberdade. Diz ainda a denúncia que durante esta noite, o preso aproveitava para praticar assaltos e agilizar o tráfico de drogas, ação que o texto identifica como “ correria”.
Ainda segundo a denúncia, outros detentos tentaram entrar no esquema do “vale night”, o que fez os agentes reajustarem o preço para R$ 300.
A UP 04 é o mesmo presídio onde recolhidos os presos na operação G7 da Polícia Federal.  
 fonte   http://www.ac24horas.com

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