O primeiro secretário da Câmara, deputado Márcio Bittar (PSDB-AC), prestou nesta quarta-feira, 8, solidariedade ao professor João Correia Lima, da Universidade Federal do Acre (Ufac), que iniciou ontem na Praça dos Três Poderes, em Brasília, uma greve de fome para exigir o retorno imediato do fuso horário do Acre. “Isso é um achincalhe”, protestou João Correia durante encontro com Márcio Bittar.
Além de solidarizar-se com Correia, Bittar informou que advogados do PSDB nacional estudam medidas que deverão ser tomadas nos próximos dias para garantir o retorno do antigo fuso horário. Há, inclusive, a possibilidade do ingresso de ações perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
Os acreanos travam, há 5 anos, uma peleja em torno do fuso horário local. A confusão começou em 2008, quando o então senador Tião Viana (PT), hoje governador do Acre, apresentou projeto – transformado n a Lei 11.662 – que alterava o horário do Acre e de parte do Amazonas e do Pará, em vigor desde 1913. O texto foi aprovado e os acreanos tiveram de adiantar os relógios em uma hora, ficando com uma hora de diferença de Brasília.
Insatisfeito com a lei, o deputado Flaviano Melo (PMDB-AC) apresentou Projeto de Decreto Legislativo. A proposta foi aprovada na Câmara e, em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou um referendo, no qual a 56,8% da população prefere atrasar os relógios em uma hora e, assim, ficar a duas horas de diferença de Brasília. No entanto, até agora os relógios não foram acertados.
A Câmara Federal concluiu que a consulta popular não foi válida porque os moradores de parte do Amazonas e Pará, onde a lei de 2008 também vigora, não foram consultados. Com a polêmica instalada, o Senado votou um projeto de lei que ratifica o resultado do referendo, restabelecendo o fuso horário de 1913. A matéria foi aprovada no Senado, mas nem por isso o fuso horário voltou a vigorar.
Revoltado com a demora, João Correia decidiu radicalizar, e iniciou uma greve de fome. E, quando indagado se a decisão é para valer, ele é taxativo: “estou um pouco gordinho, e tenho muita caloria a queimar”. Ainda acrescenta que “gostaria de voltar ao Acre somente com o fuso horário de volta”, dando a entender que ficará plantado na praça em frente ao Palácio do Planalto por longos dias a fio.
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