Ministério Público vai fazer mapeamento do tráfico de pessoas no Acre

 

O Ministério Público Estadual vai fazer uma mapeamento do tráfico internacional de pessoas no Acre. O alvo das redes de tráfico seriam adolescentes, aliciados para o trabalho escravo e sexual.
Atualmente há mais de dois milhões de vítimas no mundo, segundo dados da ONU. 58% das pessoas traficadas estão submetidas à exploração sexual e 36% ao trabalho escravo.  No Acre, a coordenadoria de defesa da infância e juventude do Ministério público do estado, pretende fazer um mapeamento da situação. “O grande objetivo é levantar esses dados em parceria com órgãos da segurança pública para detectarmos os casos para que venhamos adotar medidas de proteção à essas pessoas vítimas desse fenômeno”, explica o procurador de justiça Carlos Roberto Maia.
O mapeamento a ser realizado pelo MPE também vai abranger os países de fronteira. Puerto Maldonado no Peru e Cobija na Bolívia estariam abrigando adolescentes vítimas de outras redes de exploração sexual e trabalho escravo. Os aliciadores também investiram contra adolescentes travestis de Rio Branco, oferecendo cirurgia plástica na Europa. “Temos o registro de 5 meninos que foram convidados à ir para a Itália e Espanha para fins de colocar implante de silicone. Só não foram por que a equipe de assistência social do município conseguiram reverter a situação”, conta.
Como ouvidor geral do Ministério público, o procurador também recebe várias denúncias sobre o tráfico de pessoas, tanto para a exploração sexual, quanto para o trabalho escravo e a retirada de órgãos. Ele investiga ainda, casos de adolescentes que são explorados sexualmente nas grandes obras em execução no estado vizinho de Rondônia.  “Esse é o tráfico doméstico de pessoas. Nos preocupa o fato de que adolescentes de 12 anos podem transitar livremente para qualquer estado sem serem importunados”, completa.
A sociedade está mais atenta a essa situação segundo o procurador, mas é preciso que os casos, denúncias cheguem ao conhecimento da justiça para que medidas protetivas aconteçam a tempo. A ouvidoria do Ministério Público é um dos caminhos. O telefone é: 0800-9702078.

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