Sem cadeira de rodas, deficiente se arrasta pelas ruas de Mâncio Lima

Deficiente se arrasta (Foto: Genival Moura/G1)
A população do pequeno município de  Mancio lima (AC), localizado no extremo oeste brasileiro, já se acostumou com uma cena inusitada. Um rapaz de 24 anos, com sequelas devido a uma paralisia infantil, se arrasta pelas ruas da cidade por falta de uma cadeira de rodas 
.Nem o asfalto e a terra quente das estradas ainda não pavimentadas, sob um calor de 36 graus, impedem os deslocamentos de Cleiton Sabino Nel. “Ele é teimoso, ninguém segura. Dói demais vê-lo assim, mas somos carentes e não temos condições de comprar uma cadeira. Ele se machuca, os joelhos ficam inchados, chora pedindo uma cadeira, roga a Deus para andar. Já pedimos, mas ninguém ajuda”, relata Lurdes Sabino Melo, mãe do deficiente físico.
Deficiente se arrasta (Foto: Genival Moura/G1)Rapaz teve paralisia infantil
(Foto: Genival Moura/G1)
A dona de casa diz que o filho já recebeu a doação de uma cadeira de rodas usada, mas com o tempo ficou danificada. Além de Cleiton, a mulher tem outros 11 filhos, sendo que uma jovem de 18 anos sofre de problemas mentais.
Apesar de ter se tornado rotina, muitos vizinhos ainda se comovem em ver Cleiton se arrastando pelas ruas. “É triste, em dias de chuva ele anda do mesmo jeito, por dentro da lama”, comenta a funcionária pública, Nazaré Gomes de Alencar.
O secretário municipal de Assistência Social, Josianis Araújo Rodrigues, garante que a família é acompanhada pelo Centro de Referência em Assistência Social (Cras). Ele afirma ainda que o rapaz recebeu uma cadeira de rodas através de um programa realizado em parceria com o estado, embora isso já tenha acontecido há alguns anos.
“É uma família que está em vulnerabilidade social. Essa senhora já esteve internada na Associação de Pais e Amigos dos Dependentes Químicos (Apadeq) e os filhos já estiveram em abrigo. As informações que temos do agente comunitário é de que esse rapaz depreda a cadeira de rodas, e às vezes sai na rua pedindo dinheiro para comover as pessoas, mas ele tem benefício, a mãe recebe Bolsa Família. Vou solicitar ao Cras a parceria, para que a gente possa acompanhar a situação. Caso a cadeira esteja realmente danificada vamos tentar consertar, ou viabilizar outra”, garante o secretário.   
fonte g1

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