Na manhã do dia 03 de julho de 2013 o senhor Francisco Chagas de Araújo, de 74 anos, conhecido por “Chico Guilherme” foi encontrado gravemente ferido dentro de sua casa, na Rua Presidente Castelo Branco, Bairro São Francisco. No piso da casa havia um rastro de sangue desde a entrada, passando pela cozinha, indo até o quarto, onde o idoso foi encontrado, “Chico Guilherme” foi socorrido e levado para o hospital, mas seu estado de saúde não permitia manifestar qualquer indicação do que aconteceu. Dias depois, ele morreu em Rio Branco por traumatismo crânio-encefálico.
O crime gerou grande repercussão na cidade, e com a morte do idoso, aumentou a pressão sobre as autoridades pela captura de todos os criminosos envolvidos. Uma barra de ferro suja de sangue foi encontrada pelos peritos, que também recolheram digitais no local do crime. O delegado ouviu familiares, vizinhos e pessoas conhecidas da vítima, além de alguns suspeitos que surgiram após denúncias anônimas, mas as provas para incriminar os responsáveis pelo homicídio ainda estavam nebulosas, por conta das diversas versões sobre o horário e as circunstâncias em que o idoso foi visto pela última vez, além do fato de que curiosos circularam pelo local do crime antes da chegada dos policiais que atenderam a ocorrência, quase prejudicando o trabalho da perícia científica.
Foi feita uma varredura minuciosa na casa e ao redor dela e os polícias encontraram indícios de como os assassinos entraram e saíram do local, já que nenhuma porta ou janela foi arrombada. O delegado também descobriu que um dos prováveis motivos para o crime era a especulação de que o “Chico Guilherme” costumava guardar grande quantia em dinheiro dentro de casa.
Perícias técnico-científicas usando equipamentos modernos foram solicitadas, quebra do sigilo telefônico e da movimentação financeira foi concedido pela justiça e as informações foram verificadas, e novos depoimentos reforçaram a tese de que “Chico Guilherme” foi surpreendido enquanto cozinhava por pelo menos dois assaltantes inexperientes que roubaram alguns objetos da casa mas deixaram para trás o dinheiro guardado no bolso da roupa que a vítima vestia.
A prisão dos criminosos
O crime permaneceu um mistério, intrigando toda sociedade Murbanense, ainda mais as autoridades dos vários Poderes, que viam o fato de uma morte tão violenta, lembrada e cobrada pelos cidadãos desta Cidade entrar numa estatística de impunidade e quase esquecimento. Todas as informações chegadas através do disque-denúncia eram verificadas e uma delas em particular apontava para uma dupla criminosa de adolescentes que vinha praticando uma onda de furtos na cidade, especialmente nas imediações de onde ocorreu o crime.
Tratava-se da dupla comandada por E. C. M., com 16 anos de idade, conhecido no mundo do crime pela alcunha de “onça braba”, e seu parceiro J. F. S. M., também com 16 anos, conhecido por “caçula”, oriundos da Cidade de Sena Madureira e moradores de uma invasão formada na baixada do igarapé mutamba. Também era investigada a participação do nacional Santo Gonçalves Lopes, vulgo “santinho”, com 21 anos de idade.
fonte http://www.radiofmfeijo.com