VERGONHA! Sem assistência da saúde, índios do Acre estão morrendo à míngua

INDIOS
Um documentário publicado na Internet pelo Canal 25, do candidato ao governo Tião Bocalom,revela o que já havia sido denunciado pela ContilNet Notícias em março de 2012, através de uma reportagem especial produzida pela jornalista Silvania Pinheiro,sobre as precárias condições da saúde indígena no Acre
Com aproximadamente 5 minutos de duração, o vídeo produzido pelo jornalista Assém Neto, trás o relato de indígenas que vivem em aldeias de Feijó (AC) e que estão morrendo a míngua por falta de remédios e atendimento médico num estado que considerou 2013 o “Ano da saúde”.
Os índios que vivem doentes precisam viajar durante dias de barco para conseguir atendimento no hospital público do município, e quando são atendidos, existe morosidade para encaminha-los para a capital, Rio Branco, ou falta de medicamentos.
As doenças mais comuns na região atingem principalmente bebês e idosos. No documento, uma senhora grávida e com suspeita de eclampsia é transportada de barco até o hospital de Feijó, porém, ela morre antes de receber atendimento. Ela deixou sete filhos e o esposo, Eufran Barbosa Kaxinawá. Os dois eram casados há 20 anos.
“A mortalidade indígena não teve tão alta como agora. É falta de medicamento, falta de combustível para o barco e até o próprio barco. Existe uma equipe contratada para permanecer nas aldeias e dar assistência aos índios. Só que a equipe vive na cidade o que provoca vários óbitos de indígena por falta de assistência”, denuncia o presidente da Federação do Povo Yanawá do Acre, Ininawa, que considera “as políticas públicas bem como o atendimento aos índios no Acr a “pior de todos os tempos”.
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O vídeo retrata também o caso da senhora Maria do Carmo Nunes Kaxinawá, de 83 anos, diagnosticada com pedra na vesícula e suspeita de coração crescido. Ela espera há mais de 60 dias por uma vaga no Tratamento Fora de Domicilio (TFD). Além disso, ela está internada na zona urbana do município, porém, o médico, de acordo com a filha da dela, compareceu somente uma vez a sua casa e não retornou.
Para piorar, dona Maria do Carmo perdeu a audição recentemente. Está visivelmente fragilizada e possivelmente morreria no deslocamento via terrestre pela BR-364 tendo em vista que a estrada está destruída.
Vale destacar que o atendimento a causa de alta e média complexidade é obrigação do estado.
No Polo do índio em Feijó, a reportagem teve acesso ao encaminhamento do médico considerado de “Urgência” tendo em vista que Dona Maria corre risco de morte. A solicitação havia sido feita no dia 02 de junho, porém, sem data para ser atendida.
Conselheira estadual de saúde, Aldenira Lima Cunha, afirma que “dinheiro tem, mas não é coordenado como deveria”.
fonte www.contilnetnoticias.com