segundo o delegado do Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Nucria), Getúlio Monteiro, a polícia entrou com o pedido de prisão após as vítimas reconhecerem o suspeito pelas fotos. O tabelião havia sido libertado um dia após a prisão na cidade do Bujari. "Já estávamos investigando desde março e no dia em que ele foi flagranteado no Bujari fizemos uma integração de informação entre as unidades policiais e verificamos que as características físicas, assim com o carro batia com essa situação que estávamos investigando aqui em Rio Branco", conta.
Ainda de acordo com Monteiro, dez crianças fizeram o reconhecimento do suspeito, mas a polícia acredita que esse número pode aumentar
"Nós mostramos a foto dele para as vítimas após a prisão dele no Bujari. Elas o reconheceram, pedimos a prisão e depois as vítimas fizeram o reconhecimento pessoal na sala de reconhecimento. Possivelmente com a divulgação da prisão dele apareçam mais vítimas", afirma. Monteiro explica ainda que alguns dos casos o suspeito não conseguiu consumar o estupro contra a criança.
Segundo o delegado, para sequestrar as crianças e praticar o abuso, o suspeito passava dias observando as vítimas para só se aproximar quando elas estivessem sozinhas. O suspeito atraia as crianças oferecendo dinheiro, colocava dentro do carro e levava para um local isolado.
O carro usado pelo suspeito também foi reconhecido pelas vítimas. "Normalmente os abusos ocorriam na parte da manhã, quando a vítima estava sozinha. Ele abordava falando que tinha dinheiro ou algo para entregar para a família e a vítima, pela pouca idade, acreditava nesse artifício e entrava no carro", esclarece Monteiro.
De acordo com as informações da polícia, o primeiro abuso praticado pelo tabelião ocorreu no final do mês de março de 2014. O delegado explica que o suspeito vai responder por tentativa de estupro, estupro de vulnerável e sequestro.
Na delegacia, o suspeito permaneceu calado e se recusou a falar sobre a acusação de estupro.
fonte g1
