As autoridades bolivianas não cumpriram o acordo entre camioneiros brasileiros e a polícia de Cobija, que liberaria nesta terça-feira (31) o motorista brasileiro, Moisés Evaristo de Souza, 39 anos, preso por susposto atropelamento de uma mulher boliviana, na cidade de Cobija.
Com o não cumprimento do acordo, os motoristas voltaram a bloquear as pontes de acesso à Cobija, na fronteira do Brasil com a Bolívia.
Moisés se envolveu em um acidente de trânsito onde a boliviana, Mauricia Calixto Oliva, teria colidido sua moto na traseira da carreta conduzida por Moisés. Com o impacto, ela teria sofrido um ferimento numa de suas pernas. Moisés foi detido e condenado a cumprir pena de 30 dias no presídio de Villa Bush, além de pagar uma quatia de 10 mil dólares, exigidos pelos advogados daquele país.
Revoltados com o descaso, principalmente por parte das autoridades do Brasil, no consulado brasileiro na Bolívia, os motoristas resolveram fechar o acesso às duas pontes que ligam os países pelas cidades de Brasiléia e Epitaciolândia.
Com a intervenção do delegado de Brasiléia, Sérgio Lopes, ficou acordado que as pontes seriam liberadas até esta terça-feira, dia 31, quando Moises seria libertado. Fato esse que não aconteceu.
Revoltados, amigos e parentes trancaram novamente a ponte da Amizade, que dá acesso pela cidade de Epitaciolândia por volta das 14 horas. A ponte Wilson Pinheiro também foi interditada para veículos de médio e grande porte.
Durante entrevista, amigos receberam uma ligação de que o caso do brasileiro seria revisto somente na quinta-feira (2). A revolta se tornou maior pelo fato de haver uma acordo reconhecido em cartório, onde a vítima retirava todas as queixas contra o brasileiro, dando-lhe motivos para que fosse liberado no prazo firmado.
“Iremos fechar as pontes até quinta-feira, quando liberem Moises. Desconfiamos que querem mantê-lo por cerca de 30 dias e se isso acontecer, será os dias com as pontes interditadas”, disse um dos amigos.
fonte www.contilnetnoticias.com