A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira (27) Amós da Silva, de 33 anos, suspeito de atirar e matar o comerciante João Souza do Nascimento, de 41 anos, no último dia 10, enquanto ele estava em seu comércio, localizado no bairro Bahia Velha em Rio Branco. Silva foi preso na segunda-feira (26) no bairro Vila Acre. O vídeo da execução foi divulgado nesta terça-feira pela polícia.
Nas imagens é possível ver que, mesmo ferido, o comerciante luta com o criminoso, que após cometer o crime sai do local, mas volta em seguida para buscar, o que parece ser, um par de sapatos.
Um entregador que testemunhou toda ação chegou a dizer na época que foram seis disparos contra a vítima. A Polícia Militar trabalhava com a hipótese de execução. Preso na Delegacia de Flagrantes, Amós negou participação no assalto.
"Nunca pisei nesse comércio. Tinha passado ali para deixar a minha filha e eu estava com a mesma blusa do cara e fui preso. Já fui preso por receptação, mas já paguei. Eu estava ali porque estava na casa da minha ex-mulher, nem conheço o comerciante", se defendeu.
Já o delegado responsável pelo caso, Karlesso Nespoli, informou que Silva teria sido reconhecido no vídeo e assumido a autoria do crime. "Mais um crime bárbaro solucionado. Após a identificação, pedimos o mandado de prisão e partimos para localizar os suspeitos. Um foi preso e agora continuamos as buscas para achar o motoqueiro, que deu a carona para o atirador", disse.
O delegado destacou ainda que pelas imagens foi possível detectar que o suspeito já possui experiência nesses tipos de crime. "Uma pessoa mentirosa e que tem experiência". O suspeito já tem passagem por roubo, furto e tráfico de drogas.
Entenda o caso
O comerciante João Souza do Nascimento, de 41 anos, morreu durante um suposto assalto ao comércio que ele mantinha no bairro Bahia Velha em Rio Branco. De acordo com o entregador Felipe Feitosa, que testemunhou o crime, o suspeito teria atirado seis vezes contra a vítima, porém, nada foi levado.
"Ele foi até uma prateleira fingindo que ia pegar um objeto, porém, não pegou. Aí retornou para o caixa e falou 'é um assalto', aí sacou uma pistola e já disparou contra ele. A gente chega a pensar que não foi um assalto, que foi encomendado", contou.
fonte g1