Ainda abalada com tudo que aconteceu, a irmã da professora Franciane Piva Peres, de 33 anos, morta em Rio Branco na sexta-feira (20), contou detalhes ao G1 que podem ajudar a polícia a elucidar o caso.
A irmã, que prefere não se identificar por medo, conta que a professora teria confessado a uma prima que estaria "se sentindo ameaçada".
Além disso, a vítima também estaria conversando com um homem pelas redes sociais e que isso estava trazendo problemas à vítima.
A professora foi morta a tiros na noite de sexta-feira (20), na rua José Luiz, no bairro Santa Inês. Segundo a polícia, há suspeita de que dois homens em uma moto tenham efetuado os disparos.
"Falou com a minha prima que estava com medo porque ela estava conversando com um rapaz pelas redes sociais, e no meio da conversa, depois de um tempo conversando, ele falou que era casado. Tenho como provar que ela conversou isso com minha prima, porque elas conversaram pela internet", conta a irmã.
A dona de casa diz ainda que não sabe o que de certo aconteceu, mas que a irmã teria deixado de falar com o homem após descobrir que era casado.
"Não sei falar se a mulher dele descobriu ou se ele contou, só sei que, resumindo a história, ficou como se minha irmã fosse a culpada. Eles não teriam se conhecido, era só pela internet. Ela falou para minha prima que estava se sentindo ameaçada", revela.
O alerta
o G1 eve acesso à conversa entre Franciane e a prima. A professora conta que alguém descobriu as mensagens, possivelmente a esposa de quem ela estava conversando.
Em seguida, a professora diz à prima que não sabe o que diz e completa: "Você rir né? Espero poder rir depois também". E depois finaliza a conversa com um boneco e uma arma.
"Ela falou que a mulher do rapaz chegou a falar com ela, e ela teria dito que só não ficou com o marido dela porque não quis. Não sei como foi feito esse contato, se por telefone ou pela rede social. Diante disso, ela estava se sentindo ameaçada", ressalta a irmã.
'Não foi latrocínio de jeito nenhum'
A dona de casa acredita que o crime foi planejado por alguém que sabia a rotina da professora. Ela também destaca que nenhum objeto da vítima foi levado.
"A pessoa que fez isso, sabia a hora que ela estaria chegando em casa. A pessoa já estava de prontidão esperando a hora que ela viesse. Não foi latrocínio de jeito nenhum, não acreditamos nessa hipótese", enfatiza.
Morando em uma cidade de São Paulo, a irmã da professora diz que não sabe ao certo como deve fazer, mas pretende encaminhar algumas pistas para a polícia de Rio Branco elucidar o caso. Com saudade, a dona de casa lembra como era a professora.
"Ela era uma pessoa espetacular, uma excelente mãe, profissional, grande amiga e irmã, batalhadora. Desde pequena sempre trabalhou. Quando ela foi para o Acre, era casada e foi tentar a vida. Quando chegou aí, separou, conseguiu fazer a faculdade e acabou ficando com os filhos", relembra
A família diz que nunca chegou a visitar a professora no Acre, mas que sempre mantinha contato com a vítima por telefone ou pelas redes sociais. A última vez que a irmão viu Franciane com vida foi em fevereiro, durante as férias da professora na sua cidade natal.
"Nossa relação era muito boa, graças a Deus, ela era como uma mãe para mim" lamenta.
Sobre os filhos da professora, a irmã diz que o mais novo está com pai que mora no Acre, mas que deve ser levado para São Paulo. O mais velho também deve voltar para a cidade natal da vítima, onde o pai mora.
O corpo da professora Franciane Piva Peres, de 33 anos encaminhado para Sâo Paulo
para ser enterrado em sua cidade natal, na madrugada deste domingo (22).
fonte Do G1 AC