Um grupo de seis amigos, – cinco amazonenses e um de Rondônia – que viajaram para uma expedição de moto para o Peru, estão enfrentando problemas para retornar ao Brasil. Há mais de uma semana no país vizinho, os brasileiros não conseguem voltar porque os mineradores peruanos bloquearam as estradas em protesto, após o anúncio do governo que pretende legalizar os mineradores que atuam na região.
Os médicos Ricardo Cesar Garcia Amaral, 65, Ricardo Cesar Garcia Amaral Filho, 37, George Nobre Vieira, 31, o tatuador Odilon Planca, 52, o empresário Cláudio Sérgio Ramos Batista, 46, e Alysson Rogério Amorim, 26 (de Porto Velho), iniciaram a expedição partindo do Acre de carros e motos, até chegar em Machu Picchu, no Peru.
A viagem seria para conhecer melhor as estradas que interligam os países, além de um intercâmbio cultural. Mas na última quinta-feira, quando eles decidiram retornar pelo mesmo trajeto, foram informados sobre os bloqueios nas estradas, na província de Madre de Dios, que faz fronteira com o Acre.
“Nós estamos ilhados aqui porque não há muitas informações sobre o que realmente está acontecendo. Sò sabemos que está perigoso pegar a estrada por causa da greve e ninguém pode sair ou entrar”, afirmou o tatuador, Odilom Planca.
Sem muitas alternativas para voltar para casa, o grupo está hospedado em um hotel na cidade de Cuzco, distante 420 km de Puerto Maldonado (capital de Madre de Dios), aguardando um posicionamento das autoridades brasileiras e peruanos para retornarem.
“Fizemos contato com o Consulado e Embaixada do Brasil, mas não tivemos nenhuma resposta concreta. Chegaram a nos dizer para voltarmos para o Brasil de avião e depois buscar os nossos veículos. No entanto, isso é inviável porque a despesa é alta e nós temos compromissos agendados”, desabafou, Ricardo Amaral Filho.
Itamaraty
Por telefone, a assessoria de imprensa do Itamaraty informou que aproximadamente 40 brasileiros estão isolados no Peru por causa da greve dos mineradores. O órgão informou que está mantendo contato com os brasileiros e acrescentou que por enquanto a recomendação é seguir a orientações do governo peruano de permanece em locais seguros, até que as manifestações cessem.
A reportagem tentou contato com o Consulado Geral do Peru em Manaus e no Acre, para obter mais informações sobre a greve no país, mas até o fechamento desta edição, as ligações não foram atendidas.
fonte www.jornalatribuna.com.