MPAC discute ações para combater zika vírus no AC

A circulação confirmada do vírus zika em 18 estados brasileiros tem deixado a população brasileira em alerta, principalmente, após o Ministério da Saúde declarar situação de emergência em saúde pública de importância nacional, por causa da associação do vírus com o aumento dos casos de microcefalia.
Para tratar da situação e impedir proliferação do vírus no Acre, igual a dengue em 2010, onde o estado registrou epidemia, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) reuniu representantes de vários órgãos para abordar sobre as ações que devem ser intensificadas.
No Acre, ainda não há nenhum caso confirmado do vírus zika, mas seis estão sob suspeitas. O mosquito transmissor do vírus zika é o mesmo da dengue e da febre chikungunya, o Aedes aegypti.
O encontro, a pedido da Promotoria de Justiça Especializada em Defesa da Saúde, da Promotoria de Justiça Especializada de Habitação e Urbanismo e da Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Baixo do Acre, visa acompanhar as ações da Prefeitura de Rio Branco e do Governo do Estado.
Na ocasião, foi sugerida ao poder executivo municipal a formulação de um decreto para intensificar os serviços de vigilância sanitária e epidemiológica no combate ao mosquito transmissor.
“A preocupação é enorme. Em vários estados as ações estão intensificadas. O Ministério Público tem essa preocupação com a saúde pública. Todos devem se empenhar em combate ao vetor”, disse o promotor de Justiça Glaucio Ney Shiroma Oshiro.
Ações
Secretários de Saúde, de Rio Branco e do estado, expuseram as ações atuais de prevenção e salientaram a preocupação do poder público com a situação.
O secretário municipal de Saúde, Otoniel Almeida, disse que um gabinete integrado, com representantes de vários órgãos, será instalado brevemente pela Prefeitura de Rio Branco, para priorizar as ações. Ao município ficou o trabalho de prevenção e combate da doença.
O secretário estadual de Saúde, Armando Nogueira, salientou que a Secretaria Estadual de Saúde está acompanhando os casos de microcefalia para saber a causa do problema, o que antes era feito de forma diferenciada. O estado também se comprometeu a ser responsável acerca do tratamento, diagnóstico e informações a respeito do vírus.
Uma recomendação será expedida pelo MPAC nos próximos dias para as imobiliárias também ajudarem nas ações de prevenção.
“Para o MPAC é importante promover essas reuniões para tratar do bem-estar da população. A situação é grave e precisa de esforços de todos”, disse a promotora de Justiça, Rita de Cássia Nogueira Lima.
A promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Baixo do Acre, Meri Cristina Amaral Gonçalves, ressaltou a relevância do assunto e enfatizou que o MPAC tem as áreas específicas de atuação. Ela lembrou ser de grande importância discutir a problemática no Dia Nacional do Ministério Público, comemorado nesta segunda-feira (14).
Agência de Notícias – MP/AC