Os sintomas da febre Zika e as formas de prevenção

Os mosquitos do gênero Aedes, como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, são insetos da família Culicidae responsáveis pela transmissão de uma grande quantidade de doenças, como a febre amarela, a febre Chikungunya, a dengue e a febre Zika.
A febre Zika é causada por um vírus de RNA da família Flaviviridae, do gênero Flavivirus, denominado de Zika (ZIKAV). Esse vírus é transmitido, principalmente, pela picada de mosquitos do gênero Aedes contaminados. Entretanto, pesquisas sugerem que a contaminação também pode acontecer por meio de relações sexuais e da mãe para o bebê.
A febre Zika teve seu primeiro caso confirmado no Brasil em 2015. Essa descoberta foi realizada após um surto de uma misteriosa doença na Bahia. Pesquisadores da UFBA (Universidade Federal da Bahia) identificaram o vírus após estudar amostras de sangue dos pacientes. Os responsáveis pelo estudo acreditam que a doença tenha sido trazida para o país em 2014 após a entrada de uma grande variedade de turistas na Copa do Mundo.
Apesar de ser recém-chegada em nosso território, o vírus foi isolado pela primeira vez em 1947 em macacos que viviam na floresta Zika, em Uganda. Os primeiros casos em humanos foram descritos em meados da década de 60, e o primeiro surto ocorreu na Micronésia em 2007.
A febre Zika apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, mas muito mais leves e menos graves. O paciente contaminado pelo vírus apresenta febre moderada, conjuntivite não purulenta, dores de cabeça, articulares e musculares, manchas e coceira na pele, vômitos e diarreia. Como coceira e manchas são sintomas dessa enfermidade, ela é muitas vezes confundida com alergias.
Ao citar o quadro clínico do paciente, muitos médicos não conseguem identificar a doença, sendo necessários, portanto, exames complementares. O método mais adequado de identificação é por intermédio da técnica do RT-PCR, que identifica as proteínas que estão sendo expressas.
Assim como a dengue e a Chikungunya, a febre Zika não possui tratamento específico, mas são usados certos medicamentos para o alívio dos sintomas, como o paracetamol, para o tratamento de dores e febre, e os anti-histamínicos, que aliviam o prurido. A doença não leva à morte e os sintomas duram em média 12 dias, desaparecendo pela ação do nosso sistema imunológico.
Para prevenir-se da doença, é fundamental que se destruam os criadouros do mosquito transmissor. Para isso, é necessário evitar o acúmulo de água parada, esvaziar frequentemente recipientes que acumulam água, tampar caixas d’água e reservatórios e limpar telhados e calhas periodicamente.
Apesar da doença não ser grave, seus sintomas são similares aos da dengue, sendo, portanto, fundamental a confirmação do diagnóstico.
fonte  www.jornalatribuna.com