Circula nas redes sociais e no WhatsApp um vídeo que mostra uma mulher, que não teve a identidade divulgada, estrangulando uma criança. O episódio, que aconteceu em Curitiba, capital do estado do Paraná, está sendo investigado pela Delegacia do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). Ainda não foi possível identificar quando o vídeo foi gravado e a motivação da cena de maus-tratos.
Nos 15 segundos do vídeo, recebido por meio do WhatsApp do EXTRA a criança aparece em primeiro plano enquanto a mulher pressiona o pescoço do menino com o antebraço. Ele chora e tosse, segurando o braço da mulher como se tentasse sair do golpe. Em um momento que ela parece diminuir a pressão, a criança chora com mais força e tenta falar algo, que lembra a palavra “mamãe”.
Suspeita de estrangular o filho de três anos, Thays Caroline Chaves, de 21 anos, se apresentou no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucri) de Curitiba, no Paraná, na tarde desta segunda-feira. A cena de tortura contra o menino foi registrada em vídeo e gerou bastante indignação após ter sido divulgada em redes sociais.
Durante coletiva de imprensa, a delegada Lucy Santiago, responsável pelas investigações, informou que tomou conhecimento do caso após o registro de um boletim de ocorrência contra Thays, em outra delegacia da capital.
— Assim que soubemos do caso, instauramos um inquérito e iniciamos as diligências, que estão em curso — afirmou.
Segundo Lucy, o vídeo é uma prova contundente contra Thays, que seria de fato a pessoa que aparece nas imagens. No entanto, ressalta que ainda investiga o que ocorreu naquele momento. Familiares da criança, incluindo o pai, estão sendo ouvidos pela polícia.
A delegada informou que ainda avalia se vai solicitar a prisão da jovem, investigada por tortura. A guarda da criança, por sua vez, é uma questão que está sendo avaliada pelo Conselho Tutelar.
O advogado de Thays, Cleyson Landucci, nega que a cliente tenha estrangulado a criança e diz que está apurando o que realmente aconteceu.
— Ela está sofrendo muito. Estamos buscando os responsáveis pela divulgação das imagens. Estamos investigando o que ocorreu. A verdade é diferente do que está sendo mostrado — defende.
O pai do menino, Paulo Braz Machado, afirma que no último sábado (26) Thays foi até a casa dele, no bairro Campo do Santana, com parentes armados que o ameaçaram para levar o filho, que estaria com ele desde que ela lhe enviou os vídeos como ameaça para reatar o relacionamento.
Na tarde de hoje, Thays, Paulo, familiares e outras testemunhas foram ouvidos no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), responsável pela investigação do caso. A delegada Lucy Santiago disse que um boletim de ocorrência sobre o “rapto” da criança tinha sido registrado em outra delegacia e, por meio de informações repassadas por um investigador, o Nucria assumiu o caso. “Em princípio estamos investigando o crime de tortura”, afirmou a delegada. Ela não confirmou se a mãe será presa. “No decorrer das investigações vamos avaliar esse pedido”. A delegada informou que a criança está bem e que o Conselho Tutelar avalia com quem ela ficará.
Paulo comentou que não sabe como os vídeos pararam em redes sociais e disse sentir ódio da ex-companheira. "Ela não está dando chance para ele, o direito dele de viver. Ela deixa meio que a criança de lado e dá mais importância para mim", disse. Ele afirmou que Thays tinha agredido o filho outras vezes.
O advogado comentou ainda que Paulo possui quatro boletins de ocorrência por agressão contra a mãe e contra o filho. O rapaz estaria ainda sendo investigado por homicídio.
fonte www.parana-online.com.