Segundo o delegado Samuel Mendes, responsável pelas investigações, o crime vinha ocorrendo desde 2014, quando a vítima tinha 10 anos. Mendes afirma ainda, que a família, inclusive a mãe da criança, já sabia dos abusos, que foram confirmados através de um exame de conjunção carnal.
"Começamos a buscar as pessoas e ouvi-las, mas não tínhamos localizado a menina ainda, por que eles moram em um lugar muito afastado da cidade. Ontem eles apareceram na cidade e foram levados à delegacia. Ela [vítima] narrou toda situação, disse que sempre que ficava sozinha, ele abusava dela", relata o delegado.
Ainda segundo o delegado, a menina relatou durante depoimento que foi ameaçada com uma faca durante o primeiro abuso e após isso, teria fugido para a casa de uma tia, onde relatou o ocorrido e suplicou para não voltar para casa. Mendes conta que a mãe foi informada pela tia dos abusos, mas que não acreditou inicialmente na versão da filha e mandou ela voltar para casa.
"Em tese, a própria mãe seria uma espécie de vítima, porque ela era enteada dele. Ela [a mãe] disse que era ameaçada por ele. Que nunca denunciou por medo, mas isso que eu quero confirmar. Preciso saber se ele era violento com ela", detalha Mendes.
O delegado revela também que o suspeito negou os abusos durante interrogatório. Mendes diz que a criança, inicialmente, não queria contar sobre os abusos e que ela foi encaminhada para uma psicóloga. "Ela chorou muito, se tremia e ficou muito nervosa durante o relato. Ficou receosa e não queria falar com ninguém", afirma Samuel Mendes.
suspeita de abuso em outras filhas
De acordo com o delegado, alguns parentes disseram que o agricultor abusava também das outras filhas. O suspeito teria sido inclusive flagrado por uma irmã abusando de uma das meninas.
"Ele chegou a dizer [durante o flagra] 'eu nunca plantei uma bananeira para não colher o primeiro cacho', insinuando que sempre era o primeiro a tocar nas filhas", conta Mendes
A polícia vai pedir que sejam feitos exames nas demais filhas do suspeito. O agricultor é pai de 21 filhos, sendo 11 do atual casamento e os demais do anterior. O delegado relata que a polícia precisa estudar bem o caso para decidir se os parentes, inclusive a mãe das crianças, devem ser indiciados.
"Fui comunicado pelos parentes sobre os abusos, tenho que verificar com calma se vou ou não indiciá-los. Pedi a prisão preventiva dele [ o agricultor] e vamos investigar", conclui o delegado.
fonte g1.globo.com
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