Após MP-AC abrir inquérito, SGA exclui três candidatos de concurso da Polícia Civil

Após o Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurar um procedimento preparatório para apurar supostas irregularidades na realização da primeira fase do concurso da Polícia Civil, a Secretaria de Gestão Administrativa do Acre (SGA) excluiu os três candidatos que supostamente teriam sido favorecidos pela comissão organizadora. A decisão foi divulgada na edição desta quinta-feira (18) do Diário Oficial do Estado (DOE).
Os três candidatos estariam inscritos para fazer a prova no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, mas o voo não pousou por condições meteorológicas e eles acabaram recebendo autorização para fazer o certame na capital acreana.
As secretarias de Polícia Civil e SGA informaram, nesta quarta (17), que todos os prazos do certame vão ser obedecidos até que haja alguma ordem judicial determinando a suspensão.
A secretária de Gestão Administrativa, Sawana de Carvalho, informou que a decisão foi da comissão do concurso público amparada pelo edital do certame. Segundo ela, a empresa tomou a decisão para “preservar todo o concurso”. Porém, assim que tomou conhecimento, a comissão fez valer o edital.
“Foram excluídos porque a comissão do concurso faz cumprir o edital. No edital era vedado um inscrito realizar a prova em outra cidade que não fosse a da inscrição dele. A empresa abriu a possibilidade por conta que eles demonstraram uma atipicidade e para preservar todo o concurso, para após a comissão analisar. O que vale é o edital, que é soberano no certame”, disse a secretária.
Na publicação, constam os nomes, cargo, número de inscrição em ordem alfabética dos candidatos excluídos. Entre eles estão João Bosco Lopes, inscrito para o cargo de agente de Polícia Civil, além de Ivan Ferreira e José Marcos Falcão, candidatos para as vagas de delegado.
A SGA e a Polícia Civil já haviam emitido uma nota descartando a possibilidade de cancelamento não último dia 10 de maio.
A instituição organizadora do concurso, Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), confirmou a situação e afirmou que autorizou que os três fizessem prova em Rio Branco, após os candidatos comprovarem que voo foi cancelado por mau tempo. Além disso, o Ibade informou que a decisão estava prevista em edital.
“O órgão teve acesso a essa informação e entendeu que os candidatos não poderiam ser prejudicados, e foi solicitado que os colaboradores responsáveis pelas unidades de aplicação incluíssem todos que aparecessem com a declaração da companhia aérea e do comprovante de pagamento da passagem, respeitando assim, o edital do certame que prevê e autoriza a decisão tomada pelo executante em hipótese de força maior”, disse o Instituto.
O concurso
Mais de 13,2 mil pessoas se inscreveram para um total de 250 vagas no nível superior – 176 para o cargo de agente de polícia, 20 para auxiliar de necropsia, 18 para delegado e outras 36 para escrivão. As provas foram aplicadas nas cidades de Brasileia, Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá.
Além das provas objetivas, discursivas e de títulos, feitas no domingo, o processo inclui outras duas fases de caráter eliminatório e/ou classificatório. A segunda trata-se dos testes de aptidão física, exame psicotécnico, prova prática de digitação, exame médico e toxicológico e investigação criminal e social. A última etapa será o curso de formação.
fonte  g1.globo.com

Postar um comentário

0 Comentários