A coordenadora da Depca, delegada Elenice Frez, falou que as prisões foram feitas por meio de mandados judiciais. Dois desses mandados foram cumpridos dentro do Presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC).
"A menina de 16 anos era abusada desde os 12 anos. A mais nova tem 13 anos e, a princípio, negou sofrer abusos. Mas, no atendimento psicológico ela confirmou. A mais velha contou para algumas colegas na escola. Vinha demonstrando muito abatimento, choro e abalo psicológico. As colegas falaram para os coordenadores", explicou.
Após a Depca ser acionada pelo Conselho Tutelar, a polícia descobriu que a mãe das meninas tinha conhecimento, havia conversado com o marido e os abusos diminuiram. Os mandados judiciais cumpridos nesta quinta, segundo Elenice, foram de prisão preventiva e sentença condenatória.
“A mais velha tinha revelado para ela [mãe] e tudo que ela fez foi conversar. A filha disse que, realmente depois dessa conversa, os abusos cessaram. Mas, o sofrimento mental dela não cessou, ao ponto de não levar a vida bem, ter prejuízo escolar. Essas prisões foram feitas com mandados, mas também tínhamos investigações”, ressaltou.
A coordenadora acrescentou ainda que a escola teve um papel fundamental para ajudar as adolescentes. Para a delegada, algumas instituições não sabem como agir nesses casos e alerta para os cuidados que precisam ser tomados.
"Gostaria de parabenizar os gestores dessa escola em específico. Percebo que em muitas situações os gestores não sabem como agir. O mais importante é acionar o Conselho Tutelar para preservar e garantir os direitos das crianças e, o próprio Conselho, conduz as vítimas à delegacia. A delegacia é e sempre será a porta de entrada para o procedimento de abusos", ressaltou
fonte g1.globo.com
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