A Central Única dos Trabalhadores (CUT) invadiu na noite da última quarta-feira (5) uma fazenda no quilômetro 104 da BR-364, sentido Porto Velho (RO), no município de Acrelândia, dando início ao que tende a ser uma série de invasões aproveitando possíveis “ilegalidades” de várias propriedades do Estado. Essas posses fora da lei teriam sido constatadas por meio do programa Terra Legal, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
A ocupação da Fazenda Jéssica conta com a presença de 150 sem-terra de Rio Branco e Acrelândia. A CUT reivindica a desapropriação da fazenda com uma partilha de pelo menos 20 hectares para cada família. A fazenda ocupa as duas margens da rodovia e é a sede do antigo Seringal Porto Dias. Para delimitar suas respectivas áreas, as famílias construíram suas barracas cobertas com lonas, tendo como base estacas da própria fazenda.
Outros preferiram montar barracas de acampamento. No local há homens, mulheres, crianças e idosos. Não há água tratada nem energia. A refeição é preparada a céu aberto em “fogões” cavados na terra. A rede é a cama da grande maioria.
Segundo informações, a Polícia Militar foi ao local pela manhã desta quinta apenas para verificar o que acontecia. Rosana afirma que o comando da PM já foi informado sobre o caso, sendo solicitado uma ação cautelosa da força policial respeitando a integridade física de mulheres e crianças.
Rosana diz que a área pertence à União, e não uma propriedade privada. “Só de multas por desrespeito aos limites das Áreas de Proteção Permanente o valor é de R$ 2 milhões. Os documentos do governo que tivemos acesso por meio do Terra Legal mostram a ilegalidade da propriedade”, diz a líder da central. A CUT exige a presença de um representante nacional do Incra para mediar o conflito. Caso o governo não dê um posicionamento, eles prometem fechar a BR-364.
Algumas das pessoas que ocupam a fazenda afirmam aparecer como beneficiadas pelos projetos de reforma agrária, mas que até hoje não receberam um lote de terra. É o caso de Maricildo Correia, 48. Ele diz estar há oito anos como assentado pelo Incra. Por conta disso fica impedido de participar dos programas de reforma agrária.
Em Acrelândia a informação é de que o possível dono da fazenda prestou registrou boletim de ocorrência na delegacia da cidade. Um agente de plantão informou que ele registrou a queixa pela parte da manhã e apresentou a documentação da propriedade.
fonte gazerta net
0 Comentários
Caros Leitores do Giro Feijó a seção de comentários e para quem quiser falar sobre as noticias aqui postadas ou quem tiver alguma reclamação , matéria e informação que queira nos passar, fica aqui este espaço aberto a toda a população.
Observação: nos do Giro feijo não nos responsabilizamos por comentarios de natureza ofensiva contra cidadãos ou politicos