Mais um crime macabro e com requintes de perversidade foi registrado
em Rio Branco no final da tarde de quarta-feira (6). Moradores do
conjunto Waldemar Maciel encontraram o corpo da dona de casa Maria
Madalena Moraes Campos, 27, enterrado em uma cova rasa dentro de um
barraco localizado na Rua Juazeiro.
De acordo com a Polícia Militar e familiares da vítima o principal
suspeito do homicídio é o suposto missionário evangélico Roberto da
Silva Araújo, que namorava a dona de casa a pouco mais de 15 dias.
Familiares de Maria Madalena relataram que na última sexta-feira
(1º), Roberto da Silva foi até a residência da vítima e a convidou para
passar o final de semana em sua casa. Ainda de acordo com parentes da
dona de casa, o acusado se apresentou dizendo ser missionário
evangélico, inclusive dizendo que pretendida construir uma igreja no
terreno de sua casa
Esmael Lima de Souza, genro de Maria Madalena disse que os familiares
começaram a suspeitar que algo de errado havia acontecido depois que a
vítima ficou dois dias sem dar noticias, inclusive deixando de
participar da festa de aniversário preparada para ela.
“Havia dois dias que a Madalena não dava notícias, no domingo preparamos
uma festa de aniversário para ela na igreja e ela não apareceu então
começamos a ficar preocupados e passamos a procura-la”, revelou Souza.
Os familiares estiveram na Delegacia Especializada em Atendimento a
Mulher (DEAM) onde o desaparecimento de Maria Madalena foi registrado.
Uma equipe de investigadores foi destaca para tentar descobrir o
paradeiro da dona de casa.
No início da semana Roberto da Silva foi levado a DEAM por uma equipe
da Polícia Militar, após ser denunciado por parentes da vítima como
responsável pelo seu desaparecimento. Na especializada, ele prestou
depoimento a autoridade policial e em seguida foi liberado por não haver
indícios de delito.
Na manhã desta quarta-feira, vizinhos passaram a sentir um forte odor
que exalava da casa do suspeito e o questionaram o motivo do mal
cheiro, ele disse que poderia ser algum bicho que havia morrido próximo a
sua residência.
Roberto da Silva ainda chegou a pedir emprestado de vizinhos uma
enxada e uma pá, e depois de preparar uma porção de cimento com concreto
jogou no local onde havia enterrado Maria Madalena.
Desconfiados, vizinhos entraram em contato com os familiares da dona
de casa que foram ao local na companhia de dois investigadores, no local
a casa estava fechada, mas através de frestas na parede lateral da casa
puderam ver que havia algo de estranho dentro do barraco onde o
suspeito morava.
Os policiais comunicaram o fato ao delegado plantonista e saíram na
tentativa de conseguir uma autorização judicial para entrar na casa de
Roberto da Silva.
Vendo o drama dos familiares que aguardavam o retorno dos policiais
moradores e populares decidiram invadir a casa do acusado e passaram a
escavar o local onde havia a concentração da mistura de cimento e
concreto encontrando o corpo de Maria Madalena.
Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada e isolou o local até a
chegada de peritos do Instituto Médico Legal (IML) que fizeram a remoção
do cadáver com a ajuda de dois Bombeiros Militar. A cena chocou
centenas de moradores que se aglomeravam no local, Maria Madalena estava
com os pés e mãos amarradas com arames e em sua cabeça havia um saco
plástico, além de sinais evidentes de que sofreu agressões físicas.
Peritos acreditam que Maria Madalena tenha sido enterrada a pelo
menos três dias a tomar como base o estado de decomposição do corpo.
Após acompanhar a remoção do cadáver, uma equipe da Polícia Militar
do 4º Batalhão comandada pelo sargento Eleabi passou a realizar buscas
pela região na tentativa de capturar Roberto da Silva, já que o acusado
foi visto nas imediações cerca de meia hora antes da descoberta do
cadáver.
Vizinhos revelaram à polícia que Roberto da Silva tinha um
comportamento estranho e sempre era visto levando mulheres para sua
casa, apesar de afirmar que era missionário evangélico e que trabalhava
resgatando almas.
fonte da redação de ac24horas
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