O número de óbitos por causa de complicações hepáticas cresce a cada
dia no Acre. O presidente da Associação dos Hepáticos, Heitor Macedo
Junior, revelou com base em dados do Hospital das Clínicas do Acre que a
cada quatro dias morre um paciente vitimado por algum tipo de hepatite.
Nos dois primeiros meses do ano foram a óbito somente naquela unidade
15 pessoas com a doença. O que já equivale a um terço do número de
mortos com hepatites do ano passado, quando foram registrados 46 óbitos.
Porém
o número de pessoas infectadas com a alguma hepatite é muito superior,
informa Heitor Junior. “São informações apenas da Fundação Hospitalar.
Mas há pessoas no Pronto Socorro, nos hospitais do interior, também
vítimas de complicações hepáticas que morrem, mas não há divulgação de
números. Sem falar nas pessoas que morrem nas aldeias indígenas e
seringais… Visto que pelos dados de portadores que temos tem muita gente
na zona rural com hepatites. Estamos fazendo esse levantamento, mas é
difícil afirmar um dado”, explica.
De acordo com o último levantamento feito pela associação mais de 150
mil pessoas no Acre tem o vírus da hepatite, seja do vírus A, B, C ou
D.
No Vale do Juruá, 16 mil pessoas em Cruzeiro do Sul e regiões vizinhas estão infectadas com hepatites.
Na região do Purus, em Manuel Urbano e Sena Madureira são mais de 15 mil infectados pela doença.
Na fronteira com o Peru e a Bolívia, na região do Alto Acre, nos
municípios de Assis Brasil, Xapuri, Brasileia e Epitaciolândia, o índice
é de 15%, para uma população de 48 mil pessoas, o que equivale a 7,2
mil pessoas com hepatites. É o mais grave ainda é que nesses municípios
segundo Heitor Junior falta médico infectologista.
“Não existe um médico infectologista no Alto Acre, e isso é
preocupante porque esses municípios estão bem ali do lado de dois países
onde é grande a quantidade de pessoas com hepatites. Lá não tem
campanha, controle da doença. Sem falar nos haitianos que estão nos
municípios. Pelas informações que temos quase todos os haitianos tem
hepatites. Fica muito mais fácil a contaminação”, revela Heitor.
fonte redação de ac24horas
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