No dia 4 de julho de 2012, os físicos haviam encontrado uma partícula elementar que poderia ser um bóson de Higgs.
Entretanto, eles anunciaram que tinham 99% de certeza, o que significava que esse 1% de probabilidade ainda os impedia de declarar que a partícula encontrada se tratava de fato de um bóson de Higgs.
Para aqueles que faltaram as aulas de química e física na escola, ou não se lembram, lá vai uma breve explanação: O bóson de Higgs é considerado uma partícula elementar, porque pode explicar a origem da massa das demais partículas elementares existentes, e assim, a compreensão em torno da origem do mundo poderia ser feita, principalmente quando se trata do Big Bang, que é a teoria mais aceita pelos cientistas em relação ao início de tudo. Sem essa partícula, não haveria átomos, a química, e muito menos vida.
O bóson de Higgs foi predito pela primeira vez na década de 60 pelo físico Peter Higgs, baseado fundamentalmente nas ideias de Philip Anderson. No entanto, naquela época, só o que havia era uma especulação, já que não existia uma tecnologia realmente potente e especializada que pudesse buscar a possível existência do bóson.
Em 2008, entrou em funcionamento o Grande Colisor de Hádrons (LHC), um equipamento gigante que fica no subsolo e na divisa entre a Suíça e França, e é o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente do mundo. O seu objetivo primordial é coletar dados sobre colisões de feixes de partículas.
Se em 2012 os cientistas tinham 99% de certeza que haviam encontrado a partícula elementar através do LHC, no dia 14 de março de 2013, esse 1%, que ainda os impedia de gritar ao mundo que haviam encontrado a partícula de bóson, desapareceu. Está totalmente confirmado. Os físicos garantem que acharam a chamada “partícula de Deus”.
Embora tal nomenclatura não agrade os cientistas, o fato é que o anúncio feito no dia 14 (quinta-feira) pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) de que há um forte indício de que eles tenham encontrado a partícula, é mais do que suficiente para que a comunidade científica festeje a boa nova.
O porta-voz do CMS, Joe Incandela, em um comunicado diz: "Os resultados preliminares com o conjunto completo de dados de 2012 são magníficas e, para mim, é claro que estamos lidando com um bóson de Higgs, e ainda temos um longo caminho a percorrer para saber que tipo de bóson de Higgs é".
Diante das mais diversas experiências e observações, os físicos mediram o spin da partícula e descobriram que ela não gira sobre seu próprio eixo, excluindo assim a possibilidade de se tratar de um gráviton, e como não foi esse o caso, os cientistas concluíram que estavam mesmo lidando com a partícula mais desejada do mundo científico.
Descobrir a origem do mundo é simplesmente querer provocar a ruína dele, já que a massa do bóson de Higgs é uma parte crítica de um cálculo que prenuncia o futuro do espaço e do tempo. Se foi a partir dessa partícula que houve o Big Bang, o que se poderia estar fazendo é levar o mundo a um universo instável, e até mesmo a uma catástrofe. É o que afirma o físico teórico Joseph Lykken, em uma reunião anual científica:
"Este cálculo diz, que muitas dezenas de milhares de milhões de anos a partir de agora haverá uma catástrofe. Pode ser que o Universo em que vivemos é inerentemente instável, e em alguns bilhões de anos a partir de pontos agora tudo vai ficar apagado ".
Fonte: http://www.jornalciencia.com
Postado Por: Fiama Sousa
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