Estudo mostra que 14 pessoas já foram “curadas” do HIV no mundo

A tão sonhada cura contra o vírus HIV pode estar muito mais próxima de nós do que possamos imaginar.
De acordo com uma recente pesquisa, o diagnóstico precoce do vírus no organismo e o rápido e eficaz tratamento nas vítimas infectadas podem acarretar a uma “cura funcional”.
Embora a notícia seja animadora, ainda segundo o estudo feito em uma pequena proporção de pacientes, o tratamento só é eficaz dentro de uma probabilidade de 1 em cada 10 pessoas diagnosticadas, assim que são infectadas. O problema é que grande parte das pessoas infectadas não tomam conhecimento no momento em que o vírus entra no organismo, e infelizmente só depois que o vírus já se espalhou e tomou conta de todo o corpo.
O HIV, sigla inglesa que significa Vírus da Imunodeficiência Humana, infecta principalmente uma célula importante que compõe o sistema imunológico humano. Esse ataque causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou seja, o organismo já não consegue mais se proteger.
A AIDS, causada pelo vírus HIV, é um problema alarmante em todo o mundo. Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou a existência de 33,4 milhões de infectados no mundo, e dentro desse número, 15,7 milhões são mulheres e 2,1 milhões são jovens com idades abaixo de 15 anos.
Embora muitos programas de conscientização e distribuição livre de preservativos sejam oferecidos anualmente e mundialmente, o número de infectados ainda serve de alerta. Em 2009, por exemplo, mais de 2,6 milhões de pessoas entraram para a lista de infectados.
No entanto, felizmente, esse número tende a baixar a cada ano. Segundo o UNAIDS o número de infectados em 2011 foi 20% menor que em 2001, e as mortes por AIDS caiu para 1,7 milhões em 2011, em comparação com 2005, quando morreram cerca de 2,3 milhões.
A necessidade de se descobrir a cura da AIDS tem sido prioridade em diversos laboratórios pelo mundo, e a cada ano torna-se cada vez mais urgente.
Na França, cientistas acompanharam 14 pacientes que foram tratados rapidamente; no geral, eles tinham se infectado há dez semanas. Esses pacientes passaram por um tratamento de três anos antes de cortar a medicação.
Após o tratamento, os resultados mostraram que o número de células infectadas e que ainda estavam na corrente sanguínea desses pacientes estavam caindo, mesmo após terem sido cortados todas as medicações.
A professora Christine Rouzioux do Hospital Necker e também da Universidade de Paris Descartes, que está à frente da pesquisa disse:
"O tratamento precoce destes pacientes podem ter limitado ao estabelecimento de reservatórios virais, a extensão de mutações virais e respostas imunitárias em conserva. A combinação desses pode contribuir para controlar a infecção nos controladores de pós-tratamento”, em entrevista ao DailyMail.
Com a diminuição do vírus no organismo pode-se falar em uma “cura funcional” ao paciente. Isso quer dizer que o vírus, embora ainda seja detectável no corpo, é reduzido a níveis tão baixos que não requer um tratamento contínuo.
À medida que provavelmente deverá ser tomada, é disponibilizada em todo o mundo drogas conhecidas como ‘terapia anti-retrovial’. Essas drogas são capazes de manter a doença sob controle. Isso significa que as 34 milhões de pessoas infectadas no mundo podem ter alguma esperança, apesar de estarem com o HIV no organismo.
O que se pode comprovar com certeza, até então, é que o tratamento torna-se muito mais eficaz em pessoas que são diagnosticadas precocemente. É o que afirma o pesquisador sênior do Instituto Pasteur em Paris, Asier Saez-Cirion:
"(Esses dados) e o estudo no Mississippi apoiam fortemente o início do tratamento precoce e podem conter pistas importantes para o desenvolvimento de uma estratégia para curar o HIV ou pelo menos induzir a um controle de longo prazo, sem a necessidade de tratamento anti-retroviral".

Fonte: /www.jornalciencia.com
Postado por: Fiama Sousa

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