Estado do Acre tem o segundo menor número de jovens mortos pela violência, diz pesquisa

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na última sexta-feira, 12, um estudo que comprova que a morte violenta de milhares de jovens a cada ano em todo o país tem provocado uma redução da expectativa de vida dessa população em todos os estados. Alguns estados estão perdendo até dois anos na expectativa de vida. Mas o Acre tem perdido apenas 0,95 anos, o segundo estado a perder menos em todo o país.
De acordo com o Ipea, apenas três estados têm perda estimada menor do que um ano: São Paulo (0,78), Acre (0,95) e Santa Catarina (0,98). Os homens do Rio de Janeiro têm perda de 1,32 ano e o Distrito Federal, de 1,42. Já os homens de Alagoas têm perda de 2,62 anos em sua expectativa de vida e os do Espírito Santo de 2,14 anos. Outros nove estados têm redução de mais de 1,5 ano na esperança de vida por causa da violência na juventude: Bahia (1,81 ano), Amapá (1,74), Pará (1,73), Paraíba (1,69), Paraná (1,68), Pernambuco (1,66), Ceará (1,6), Goiás (1,53) e Mato Grosso (1,51).
Conforme o cálculo do Ipea, as mortes violentas de jovens no país causam perda de bem-estar social equivalente a R$ 79 bilhões por ano. O custo equivale a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Para o secretário de Segurança Pública, Reni Graebner, o número baixo na morte dos jovens acreanos pela violência é resultado dos programas e políticas públicas integradas no governo do Estado, com parcerias em prefeituras e instituições civis. “A segurança e a violência não dependem só da ação da polícia. Vale lembrar que temos um sistema educacional mais em caráter integral, que deixa menos os nossos jovens na rua”, conta Reni.
A própria Polícia Militar realiza um importante trabalho de prevenção a violência e uso de drogas nas escolas e o policial passa a ser considerado um herói pelo jovem. “Também temos um trabalho preventivo muito importante realizado pelo Conselho Estadual de Entorpecentes. Somos um dos estados mais avançados no programa da presidenta Dilma de luta contra o crack”, reforça o secretário.
O programa Álcool Zero é outro que tem gerado resultados significativos na redução do número de mortes pelo trânsito, que atinge principalmente jovens do sexo masculino no Brasil. O próprio acreano tem criado a cultura de sair de casa e não beber mais, ou ir de táxi, ou de carona.
Graebner atenta para o fato de que todo o trabalho voltado para o jovem é feito de forma integrada. Secretarias como a de Segurança Pública tem ações feitas em parceria com Secretaria de Educação e Esporte, Assessoria da Juventude, Secretaria de Saúde, Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, entre tantas outras entidades. Um trabalho especial para resguardar a vida do jovem acreano.

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