Marco Feliciano diz ter sofrido assédio de gays durante voo para São Paulo



O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), e o produtor musical Roberto Marinho, contaram em seus perfis no Twitter terem sofrido assédio dentro do avião na viagem que faziam de Brasília para São Paulo.

"Ao decolarmos em Brasília cerca de 10 gays me constrangeram, 2 vieram a minha poltrona gritando, cantando música bizarra", disse Feliciano no microblog.

No vídeo abaixo, postado no perfil do Facebook de um dos envolvidos, é possível ver dois rapazes que se aproximam de Feliciano e Marinho e começam a cantar a música "Robocop Gay", um dos sucessos do grupo "Mamonas Assassinas", morto em 1996 durante um acidente aéreo em São Paulo.

Desde que assumiu o comando da comissão em fevereiro, Feliciano é alvo de protestos de movimentos sociais que pedem sua saída do cargo e o acusam de racismo e de homofobia. Ele nega e se recusa a deixar a comissão. Sob o comando do deputado, a comissão chegou a aprovar o projeto conhecido como "cura gay", que permitia aos psicólogos oferecerem tratamento a homossexualidade. A proposta foi arquivada após ser alvo de duras críticas na onda de protestos que ocorreram no mês de junho em todo o país.

Em determinado momento, os rapazes modificam o refrão e cantam: "Um Feliciano gay" ao invés do original "Um Robocop Gay".

Em sua conta no Twitter, Marinho afirmou que "um deles com a câmera na mão filmava, enquanto o outro esfregava o bumbum no meu braço, e também o órgão genital, rebolando e cantando." No vídeo, é possível ver um dos rapazes se inclinar sobre Marinho para tentar se aproximar de Feliciano, que está sentado na poltrona da janela e permanece todo o tempo lendo um livro e com fones no ouvido.

Marinho, sentado ao seu lado, tenta impedir que os rapazes toquem em Feliciano. "Eles tentaram várias vezes tocar no rosto, nos cabelos e no queixo de Feliciano, eu tentei impedir mas foi em vão."


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

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