No Acre, porca de estimação morre eletrocutada e deixa donos desolados

Porca Nina morreu após receber descarga elétrica (Foto: Nilson Rodrigues/Arquivo pessoal)
Na família do casal de aposentados Maria de Lourdes, 64 anos, e Antônio Silva, de 60 anos, desde março de 2013, a porca de estimação 'Nina', de quase 100 Kg, morreu vítima de uma descarga elétrica, na tarde deste domingo (5) ao encostar o focinho em uma estrutura de ferro colada a um poste, localizado na rua Estado do Acre, onde morava, no bairro da Base, em Rio Branco. 'Tiraram um pedaço de mim', diz o dono do animal.
Donos Nina (Foto: Rayssa Natani/G1)Fotos porco Acre (Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Silva conta que havia levado Nina para passear, às 16h, como fazia todos os dias, quando ela se aproximou do poste para fuçar uma sacola de lixo que estava ao lado. "Ela ficou cheirando por ali e quando encostou o focinho no ferro, ficou 'grudada'. Eu quis tentar socorrer, corri para tirá-la de lá, mas me impediram. Se eu tivesse sozinho, teria morrido junto com ela", diz.
Segundo o aposentado, rapidamente, muitas pessoas começaram a se aglomerar ao redor do animal para saber o que havia acontecido. "Ela era muito querida por aqui", comenta. Poucas horas depois, Nina foi colocada em um veículo com a ajuda de quatro homens e levada para um sítio da família. "A família se reuniu e nós a enterramos lá, depois de nos despedirmos. Foi muito triste", lamenta.
A morte da porca, conhecida por todos no bairro, causou comoção e revolta também para a vizinhança, que questiona sobre os riscos a que estaria exposta. "Podemos dizer que a Nina salvou uma vida. Poderia ser qualquer pessoa. Muitas crianças brincam perto desse poste", ressalta a vendedora Inês Mendonça, que mora no local.
Para dona Maria de Lourdes, Nina, que era considerada um membro da família, é insubstituível e merece justiça. "Nós não queremos outro bichinho. Ela era uma amiga, companheira e todo mundo ficava impressionado como ela era obediente e nunca precisou de coleira, porque seguia a gente onde fossemos. Ela não merecia morrer assim. Vamos procurar nossos direitos", afirma.
fonte  g1