Os chefes de cozinha Silvio Silveira Souza Chaves, 32 anos, e Marcio Oliveira Chaves Silveira, 18 anos, entram para a história de Sena Madureira como o primeiro casal gay que oficializou a união civil, conforme estabelece a Resolução número 175, de 14 de maio de 2013, aprovada durante a 169ª Sessão Plenária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), baseada em decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF).
Silvio e Marcio disseram o “sim e sim” em uma cerimônia íntima, diante de testemunhas e do Juiz de Paz Cosmo Araújo, que, junto com a juíza Andreia Brito, assinou a Certidão de Casamento.
Após o casamento oficializado os novos se beijaram diante da pequena e seleta plateia.
O casal namorou cinco anos antes de decidir casar em cartório. Silvio conheceu o marido quando passava por uma rua em Sena Madureira, e o viu com um namorado. “Quando botei o olho já me apaixonei, só não sabia que iria me envolver tanto”, conta.
O patrimônio do casal é um dos fundamentos que o levou a oficializar a união em cartório. “Ainda somos muito jovens e com o objetivo de conquistar ainda muitas coisas. Se acontecer alguma coisa comigo, ou com ele, quero que nossos direitos estejam assegurados por lei”, explica Marcio.
Silvio é um chefe de cozinha bem conhecido em Sena e em Rio Branco, e junto com o companheiro, Marcio, estará inaugurando a partir do dia 15 deste mês um novo restaurante, e buffet, que irá dispor dos serviços delivery e oferecer muitas novidades a sociedade senamadureirense.
O casal comemorou a união em um jantar íntimo, ao lado de amigos e familiares. O colunista social Douglas Richer, do portal ContilNet Notícias acompanhou todos os momentos vividos nesta sexta pelo mais novo casal senamadureirense.
Nomeado como Juiz de Paz para celebrar o primeiro casamento homossexual em Sena Madureira, Cosmo Araújo disse acreditar que a partir de agora muitos preconceitos possam ser quebrados no município.
“Estou feliz por ter tido a oportunidade de fazer parte desta história. Os homossexuais são seres humanos, pessoas que se amam e têm o direito de ser feliz como qualquer outra pessoa. Acredito que a partir de agora muitas barreiras sejam quebradas no que diz respeito ao preconceito contra a união entre pessoas do mesmo sexo”, destaca.
A bancária Verônica Faria foi uma das testemunhas do casamento. Emocionada, ela disse a ContilNet Notícias que quer participar da vida do casal, e deixa um recado às pessoas que ainda estão no armário: “Digo para todos que tenham coragem, afinal nós pagamos impostos e todos nós desejamos ser feliz”.
O primeiro casamento homoafetivo não foi tão fácil de ser realizado em Sena Madureira. O escrevente Jecson Junior Andrade Oliveira conta que houve muitos empecilhos, já que o sistema do Cartório não estava habilitado para a realização de uma cerimônia diferente das tradicionais.
“Ficamos felizes em poder realizar o primeiro casamento homoafetivo de Sena Madureira. No mundo em que estamos, atualizado, é mais do que uma quebra de preconceito, é sentir a vontade de ser feliz, e, independente de sexo, cor, raça, religião, escolher a pessoa certa para casar”, observa Jecson.
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