Professor da “Universidade do Futuro”, criada pelo Google e Nasa, diz que, até 2045, homem já poderá prevenir e curar qualquer enfermidade. Cientista dará palestra no Brasil em maio.
A prevenção e cura de todas as doenças estão muito mais próximas do que se pensa, de acordo com o pesquisador venezuelano e consultor da NASA, José Luís Cordeiro. Para o cientista, nos próximos 20 anos haverá mais avanços e mudanças na humanidade do que nos últimos 200. Com isso, até 2045, as expectativas de vida deverão se prolongar indefinidamente até uma possível, e até então inimaginável, imortalidade
A ousada previsão do venezuelano, entre outros temas científicos e atuais, serão destaques no 28º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, promovido pela Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC). O evento acontecerá simultaneamente às feiras FCE Pharma e FCE Cosmetique, nos auditórios do Transamerica Expo Center, na Zona Sul de São Paulo, nos dias 12, 13 e 14 de maio.
Segundo o Cordeiro, a medicina do futuro será quase que exclusivamente baseada na prevenção. Isso será possível, em grande parte, graças ao advento do sequenciamento do genoma humano. A partir dele, será possível conhecer antecipadamente e prevenir as enfermidades que sofreríamos no futuro, conforme a herança genética, e até mesmo selecionar os genes que gostaríamos de transferir aos nossos filhos.
O cientista ressalta que experimentos com camundongos vêm sendo realizados e os resultados são animadores: “Desde o início dos testes, há cerca de 10 anos, já foram criados animais que vivem o equivalente a 300 anos humanos. Em média, eles vivem um ano e meio e já temos exemplares que chegam aos três. Estas tecnologias serão aperfeiçoadas, entendidas e, eventualmente, utilizadas em espécies com expectativa de vida maior, como os humanos”.
O Projeto Genoma foi criado em 1990. O primeiro sequenciamento realizado teve um custo de 1 bilhão de dólares e precisou de um trabalho conjunto de um batalhão de cientistas e laboratórios. De acordo com o pesquisador, no entanto, a acessibilidade a esta tecnologia não é algo com que se preocupar. “As pessoas pensam que é caro. Era caro no começo, mas, em alguns anos, custará 10 dólares e poderá ser feito em uma hora”, explica.
Cordeiro é professor da Singularity University, um centro de estudos sobre o futuro, que é financiado, entre outras grandes companhias da iniciativa privada, pelo Google e pela NASA. A instituição fica localizada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e se destina a estudar os avanços da tecnologia e a “singularidade”, nome dado pelos estudiosos ao momento em que a inteligência artificial superará a humana
fonte www.ecosdanoticia.com