A população de Feijó está enfrentando um problema dos grandes quando se trata da comercialização da carne bovina. Primeiro não existe um controle sobre a tabela de preço. Segundo não há fiscalização sobre práticas abusivas na comercialização do produto, especialmente no mercado publico municipal.
Atualmente, no município de Feijó existem aproximadamente 30 pessoas envolvidas com o mercado da carne. Estes comerciantes aplicam o preço que acharem condizentes com a realidade do município.
Na sexta- feira passada, um quilo de carne de primeira, ou seja, chã de fora, chã de dentro, patim, Filé, entre outros, custava R$: 13,00 no município. Na ultima segunda feira os açougueiros resolveram reajustar o preço da carne para R$: 18,00. (Em Feijó não se classifica carne por tipo. A carne sem osso é a considerada de primeira qualidade e a com osso, de segunda).
O assunto chegou à Câmara de Vereadores por meio da vereadora Matilde Araujo que solicitou da prefeitura uma explicação para o fato. Ela também sugeriu a manutenção do preço da carne num patamar que possibilite à população mais carente, o acesso ao produto.
Vereadora Matilde reclama do descaso em Feijó.
Em discurso, Matilde colocou que o vizinho município de Tarauacá mantém por conta da prefeitura um boxe no mercado publico com preço da carne a R$: 8,00 e carne de todos os tipos. Esse assunto pautou os discursos de todos os demais vereadores nesta terça feira, durante a sessão.
Procuramos os responsáveis pelo reajuste do preço da carne no mercado publico municipal. No local, os próprios açougueiros que alugam os boxes do mercado disseram que a decisão foi tomada em acordo entre eles e tem o objetivo de impedir que a carne bovina seja levada para outros mercados.
Os açougueiros explicaram que a Friboi está entrando no município, pagando melhor pelo quilo da carne e levando todo o produto para Rondônia e outros estados brasileiros, deixando os açougueiros locais em maus lençóis. Por isso eles resolveram pagar o mesmo preço praticado pela Friboi para se manterem no mercado. Como consequência aconteceu o reajuste no preço.
É lamentável notar que em Feijó ninguém fiscaliza o assunto. Na cidade não existe sequer uma representação do PROCON. Um açougueiro do interior do mercado municipal comentou à nossa reportagem que ali, nem prefeito, nem ministério publico tem a ver com o preço praticado. Se for assim, Feijó está uma cidade sem leis e sem comando, entregue às traças. Todo mundo faz o que bem entender e o consumidor paga a conta sem direito a dizer nada.
De acordo com informações de açougueiros, eles pagam R$: 8,00 por quilo de carne junto aos produtores vendem a carne de primeira por R$: 18,00 reais e a carne de segunda por um preço médio de R$: 9,00.
Segundo os mesmo açougueiros, a Friboi compra o produto em Feijó pelo mesmo preço e depois de fazer toda a inspeção retorna aos consumidores pelo preço médio de R$: 11,00 a carne de primeira. Certamente a intenção da empresa é a de eliminar a concorrência local.
fonte www.facebook.com/matilde.silva