O fim da revista íntima sem adequação do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) irá facilitar a entrada de drogas, celulares e outros materiais dentro do presídio, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciá- rios do Acre (Sindap/AC), Adriano Marques, em entrevista na manhã de quarta-feira, 23.
A declaração do agente foi dada após a notícia de que a juíza titular da Vara de Execuções Penais de Rio Branco, Luana Campos, voltará a proibir, no próximo mês, a revista íntima nos presídios de Rio Branco. A revista íntima está proibida na Capital desde março. No entanto, uma portaria liberou este tipo de inspeção pelo período de 70 dias, devido aos atentados que ocorreram no Estado com ordens de dentro do presídio.
As centenas de celulares e drogas que foram apreendidas no presídio voltarão a entrar após o fim da revista íntima, de acordo com o sindicalista, que reclama da falta de condições de trabalho dos agentes penitenciários do Estado. Além ainda de relatar que não há aparelhos de scanner e de raio-x nos presídios do Acre. “Isso é falta de gestão”, acredita.
A falta de equipamentos é um problema antigo, de acordo com Marques, que vê a revista íntima como um “mal necessário” para evitar a entrada de drogas, celulares e outros materiais dentro dos presídios. “Quem perde com o fim da revista íntima é a sociedade e nós agentes penitenciários”, diz Adriano.
O diretor do Iapen, Martins Hessel, diz que scanners e aparelhos de raios-x devem chegar ao Estado em fevereiro. Segundo Hessel, o instituto irá receber parte dos aparelhos do Governo Federal e Governo do Estado irá comprar outra parte dos equipamentos.
fonte www.jornalatribuna.com