"Não se sabe ao certo quanto tempo vai durar, isso vai depender das pessoas ouvidas, mas existe uma previsão”, disse.
O procurador do município e presidente do PMDB na cidade, Jhonata Correia, acredita que tudo seja resolvido ainda nesta segunda. Disse também que o partido está tranquilo quanto a condução dos processos.
"Acreditamos que hoje mesmo acabe a audiência e o PMDB está tranquilo. Todo mundo foi notificado e nenhum fato novo deve aparecer", acredita.
São três ações de investigação judicial eleitoral (Aijes), incluindo o processo do Ministério Público. “Essas têm como escopo o mesmo objeto: abuso de poder e econômico. Então, por se tratar de três processos semelhantes serão julgados juntos”, explica o chefe do cartório.
Em outubro, o Ministério Público do Acre (MP-AC), em Cruzeiro do Sul, por meio do promotor eleitoral Leonardo Honorato, pediu a condenação do prefeito eleito Ilderlei Cordeiro, do vice Zequinha Lima, Edson de Paula, Mario Neto, vereador eleito Romário Tavares e o atual prefeito Vagner Sales, todos acusados de corrupção eleitoral pela tentativa de compra de votos e desistência da candidatura do candidato a vereador Clebisson Silva Freire, do PSDB.
O ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Cruzeiro do Sul, Mario Neto, e o ex-presidente do diretório do PSDB na cidade, Edson de Paula, foram presos no dia 24 de agosto, suspeitos de praticar corrupção ativa. Na época, um áudio do prefeito Vagner Sales oferecendo R$ 5 mil a um candidato foi divulgado e ele disse que se tratava de uma armação.
Antes desse processo, já havia uma ação bem semelhante do PSDB pedindo a cassação da chapa eleitoral. A audiência, que estava marcada para acontecer no dia 5 de outubro, foi adiada e vai começar a partir desta segunda, mais de um mês após a data prevista.
Durante o escândalo que acompanhou o PMDB durante toda a campanha, o prefeito da cidade, Vagner Sales, exonerou, no dia 24 de agosto, o chefe de gabinete Mario Vieira Neto, envolvido na suposta compra de votos. Pouco mais de dois meses após a prisão e exoneração, o prefeito resolveu renomear Neto no dia 27 de outubro.
Entenda o caso
O chefe do gabinete do executivo em Cruzeiro do Sul, Mário Neto, e o presidente do diretório do PSDB na cidade, Edson de Paula, foram presos pela Polícia Federal no dia 24 de agosto sob suspeita de corrupção ativa. De acordo com a denúncia, Neto estaria pagando candidatos a vereador para desistirem da candidatura com o intuito de apoiarem a chapa "Juntos por Cruzeiro", do candidato Ilderlei Cordeiro, apoiada pelo prefeito Vagner Sales (PMDB).
A coligação "Juntos por Cruzeiro" era apoiada pelo PMDB e pelo atual prefeito da cidade, Vagner Sales. A outra coligação, "Cruzeiro em Boas Mãos", era encabeçada por Henrique Afonso, do PSDB.
As prisões ocorreram após o candidato a vereador Clebisson Freire denunciar que tentaram comprar sua candidatura fazendo com que ele desistisse em troca de R$ 5 mil, quantia que teria sido oferecida pelo prefeito do município. Freire disse ainda que teria recebido proposta de trabalho do dirigente do PSDB. Para confirmar sua denúncia, o candidato reproduziu um áudio, que teria sido gravado no dia 22, com mais de uma hora e meia de duração, em que é possível ouvir a articulação.
O PSDB já tinha entrado com um pedido de cassação e nos desdobramentos o Ministério Público também pediu a cassação e condenação dos envolvidos.
fonte g1.globo.com
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