O incidente aconteceu na quarta-feira (11), no Ramal do Pavãozinho. De acordo com Eletrobras Distribuição Acre, o jovem deve ter recebido uma carga elétrica de mais de 7 mil volts. "Quando tentou cortar o cabo, recebeu a descarga elétrica. Acredito que surgiu o arco voltaico que tem um limite de aproximação. Se tivesse tocado no cabo, teria ficado grudado", explica o gerente de Serviços Técnicos da Eletrobras no Vale do Juruá, Marcos Cavalcante.
O agricultor conta que desmaiou após receber o choque e que havia tentado tirar o transformador porque estava sem energia.
"Na hora que fui cortar o fio, desmaiei e não lembro de mais nada. As três casas da minha família estão há um ano sem energia e eu precisava gelar uma carne", relata.
O jovem foi levado para o Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, onde permanece internado e deve passar por avaliação médica para verificar se é necessário uma cirurgia nas mãos. ]
O gerente da Eletrobras diz que foi um milagre o jovem ter sobrevivido. Cavalcante conta ainda que vai registrar um boletim de ocorrência contra o jovem. "Teve muita sorte em estar vivo. O material que ele usava resiste apenas a mil volts. A rede lá tem que ser trabalhada com a rede desenergizada e com equipamento adequados. O pessoal do plantão esteve no local e não encontrou o transformador e esse transformador vai ter que aparecer. Mandei uma equipe ao local e vou registrar um boletim de ocorrência”, acrescenta.
A mãe do jovem, Maria Lima, acusa a Eletrobras de não ter prestado serviço há um ano. Segundo ele, foi diversas vezes no escritório da empresa e sua demanda não foi atendida.
"Quando você vai lá [Eletrobras] fazer reclamação, como moramos longe, nenhuma equipe vai lá e eles nem registram os dias que nos fomos. Mas, quando acontece uma coisa dessa, de repente uma equipe foi no local. Estamos sem energia há cerca de um ano e nunca tentaram resolver e a gente precisava conservar a carne", conta.
Cavalcante rebate e reforça que toda demanda relacionada à rede de energia precisa ser registrada na Eletrobras-AC. "Atendemos todas as ocorrências. Não encerramos nenhuma sem que o consumidor seja atendido. Nossa orientação é que as comunidades não mexam na rede, não utilizem o trabalho de terceiros, pois é muito perigoso e pode matar”, orienta.
No leito do hospital e com constante dores nas mãos, o agricultor disse que aprendeu a lição e que não vai mais mexer em fiação. "Não quero mais nem chegar perto", finaliza.
fonte g1.globo.com
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