O atentado ocorreu durante a madrugada deste sábado (7), a sede da Defensoria, na Rua Custódio Freire, bairro Bosque foi atingida por ao menos quatro disparos de arma de fogo. Um vigia estava no prédio, mas, segundo o defensor público Fernando Morais, não se feriu.
À Rede Amazônica Acre, o delegado Nilton Boscaro, que investiga o caso, disse que o veículo encontrado próximo ao local do crime teria sido roubado. Nele foram encontradas ainda algumas balas para pistola calibre nove milímetros. Segundo ele, o caso segue sob investigação pela Divisão de Investigação Criminal (DIC).
“O que nós achamos estranho, é esses infratores da lei atacarem justamente quem os defende. Então, tudo isso vai ser apurado para saber o que aconteceu de fato. A princípio não houve nenhuma ocorrência de vítima ali dentro do prédio e nas imediações”, declarou.
Na carta, entre erros de português se destacam ameaças ao patrimônio público e agentes de segurança, além de exigências, que segundo o autor podem causar “prejuízos incalculáveis” ao estado caso não sejam cumpridas. Até a publicação desta reportagem o autor, ou autores da carta, não haviam sido identificados pela polícia.
“Nois vamos expludir com bombas e dinamites, grandes surpermecados de renome dentro do estado, prédios públicos, pontes, passarelas” [sic], diz um trecho do documento.
Em outro momento, os criminosos dizem que não haviam se manifestado anteriormente, mas que ao adquirir estrutura suficiente para cumprir as ameaças decidiram dar uma demonstração de força ao poder público.
“Que fique bem claro com todas as palavras, que se nossas reivindicações e nossas exigências não foram atendidas ou compridas, pesso a vcs que não venham esperar atentados de pequenas proporções, pois assim como a polícia evolui, o crime também evoluiu” [sic].
Exigências
Entre as exigências estão melhorias no sistema penitenciário, o que segundo o autor, não seria regalia, mas garantia de direitos. Eles pedem atendimento médico semanal, atendimento odontológico, assistentes sociais, psicólogos. Eles exigem também a criação de postos de trabalho dentro dos presídios e escolas.
Além disso, os criminosos exigem que os presos do pavilhão A do Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde sejam transferidos para outras unidades. O objetivo seria evitar um novo episódio de violência, como a rebelião ocorrida em outubro do ano passado, quando quatro detentos morreram e 19 ficaram feridos.Entre as exigências estão melhorias no sistema penitenciário, o que segundo o autor, não seria regalia, mas garantia de direitos. Eles pedem atendimento médico semanal, atendimento odontológico, assistentes sociais, psicólogos. Eles exigem também a criação de postos de trabalho dentro dos presídios e escolas.
Por fim, os presos se opõe a transferência de presos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Na sexta-feira (6), o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias disse que ao menos 44 lideranças de facções criminosas haviam sido colocadas nesse regime, como uma das medidas para evitar novas rebeliões.
Procurado pelo G1, o diretor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Martin Hessel, disse que não iria comentar o assunto. “Prefiro deixar as investigações andando com as polícias Civil e Militar”, se limitou a dizer.
fonte g1.globo.com
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