Além da menina, foram mortas mais duas pessoas na ação. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) informou, na época, que criminosos tinham subido o morro de barco e tentado retomar a área, que é dominada por uma facção rival. O Bope afirmou que os criminosos chegaram atirando e a menina foi usada como escudo.
A versão foi contestada pelos familiares das vítimas. As famílias alegaram que não houve troca de tiros e nem confronto entre as facções rivais e sim que o Bope havia tirado o eletricista Edmilson Sales de dentro de casa para matá-lo. Já a menina havia sido morta por acidente.
“O laudo concluiu que o projétil que atingiu a menor partiu de uma das armas utilizadas pelas forças policiais. Foi comprovado que houve o confronto no local e que um dos projéteis encontrado no local foi deflagrado pela polícia. O inquérito já foi concluído e remetido para a Justiça. Está a cargo do Ministério Público do Acre”, destacou o delegado Rêmulo Diniz.
O Instituto de Criminalística informou que não está autorizado a falar sobre o caso. Porém, detalhou que foram entregues para a perícia 11 fuzis usados na ação do Bope, uma carabina calibre 22, um revólver calibre 38 e uma pistola ponto 40.
Ao G1, a PM informou que vai se posicionar ainda nesta quarta através de nota. Diniz falou também que o caso está com o Ministério Público do Acre (MP-AC) e corre em segredo de Justiça. “Como ele é o titular da ação, só eles que podem divulgar maiores detalhes agora”, concluiu.
No dia 15 de maio, Edmilson Sales, de 38 anos, foi morto a tiros durante uma operação do Bope no bairro Preventório. Além dele, Maria Cauane da Silva, de 11 anos, e Gleito Silva Borges, de 36, também acabaram mortos na ação.
Na época, o Bope informou que teve acesso a um vídeo onde criminosos exibiam armas de grosso calibre e cantavam músicas de ostentação. A versão da polícia é de que um grupo criminoso tentou retomar a área após ela ser dominada por uma facção rival e alegou que houve troca tiros.
Já a família alegou que os policiais já chegaram atirando. “Tiraram ele de dentro de casa e mataram. Foi a polícia que atirou, não teve nada de facção. Mataram a menina da mulher, não teve outra desculpa para inventar, mas não foi assim. Estavam desde cedo na região. Só que entraram lá e não acharam nada”, contou Luana de Sales, de 30 anos, mulher do eletricista na época.
Luana falou que na hora da ação as filhas do casal estavam dentro da casa. A menina de 11 anos era vizinha do eletricista. Luana acusa ainda a polícia de ter colocado uma arma ao lado do marido.
“Eles forjaram. Nós temos testemunhas. Querem jogar pra cima dos que morreram porque não podem se defender. Mas, não foi assim que a banda tocou. Mataram a criança num acidente e inventaram isso”, reclamou.
Com base nas denúncias dos familiares, o MP-AC instaurou um inquérito para apurar os fatos.
fonte g1.globo.com
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