O Partido Ecológico Nacional (PEN), representado no Acre pelo deputado estadual Astério Moreira (ex-PRP), já se constitui na maior força política na Assembleia Legislativa do Estado. Em coletiva à imprensa, ontem, os novos filiados falaram sobre as perspectivas de crescimento da nova sigla na terra de Chico Mendes e Marina Silva.
PARTIDO Ecológico Nacional reúne seis deputados
no Acre e pode ganhar mais um até amanhã
no Acre e pode ganhar mais um até amanhã
Elson Santiago (ex-PP), Jamyl Asfury (ex-DEM), Walter Prado (ex-PDT) e Helder Paiva (ex-PR) formam, junto com Astério Moreira e Lira Moraes, a meia dúzia de parlamentares do PEN. O partido ainda pode ganhar uma sétima parlamentar estadual, caso a Maria Antonia decida deixar o PP.
A revoada de parlamentares foi acompanhada ainda pelo empresário Fernando Lage, primeiro-suplente do senador e Sérgio Petecão (PSD), e pelo professor Augusto Coêlho, segundo-suplente de Aníbal Diniz (PT). A migração é resultado da mudança na orientação política de partidos que antes compunham a base governista, como o PDT e o PRP.
SUPLENTE do senador Petecão, Fernando Lage justificou filiação no PEN dizendo que na oposição não há
espaço para crescimento político
espaço para crescimento político
Coagidos pelos dirigentes a votar contra o governo, Astério Moreira, Lira Moraes e Walter decidiram aproveitar a brecha na lei e se filiar ao PEN. Com a decisão das cúpulas do PSDB e PP de formarem um bloco na Aleac, o presidente da Casa, Elson Santiago, tratou de desembarcar no novo partido. A deputada Maria Antonia deverá fazer o mesmo para fugir ao “jugo” tucano.
Perseguido e humilhado
O deputado Jamyl Asfury afirmou que se sentia perseguido e coagido na oposição. Ele fez uma breve explanação sobre o boicote à sua tentativa de concorrer pelo DEM à Prefeitura da Capital, logo depois de romper com o candidato do PSDB Tião Bocalom. O motivo do rompimento foi a indicação de Alysson Bestene na chapa, em detrimento de uma parceria de longa data entre democratas e tucanos.
Jamyl Asfury afirmou que se sentia perseguido e coagido na oposição
Para Jamyl, Bocalom subestimou a força e a importância do segmento evangélico, que hoje representa 42% da população, ao priorizar a nova aliança com o PP de Gladson Cameli.
Para o deputado, a maneira como as questões partidárias são conduzidas na oposição o obrigaram a refazer sua caminhada política, de agora em diante como membro da base governista na Assembleia Legislativa. “Essa oposição que aí está não é aquela que sonhei”, assegurou Jamyl.
Fernando Lage
O empresário Fernando Lage explicou que também procurou o PEN pelos mesmos motivos que Jamyl Asfury: a falta de oportunidade para crescer politicamente na oposição.
Presidente da Aleac deixou o PP, que deveria formar
bloco com o PSDB, para filiar-se à nova sigla
bloco com o PSDB, para filiar-se à nova sigla
Lage elogiou a conduta do deputado Astério Moreira e lembrou que ambos militaram no PSB. “Quero poder somar para contribuir com esse projeto que já nasce vitorioso.”
Apoio a Marcus Alexandre
O presidente estadual do PEN, deputado Astério Moreira, afirmou que o partido vai apoiar incondicionalmente a candidatura de Marcus Alexandre à prefeitura de Rio Branco. “Sairemos daqui prontos para cair na campanha daquele que reflete a renovação política da Frente Popular”, disse ele.
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