No dia 30 agosto de 2002, um avião modelo Brasília, da Empresa Rico Linha Aéreas, que seguia de Cruzeiro do Sul para Rio Branco, caiu a 20 quilômetros do aeroporto da capital com 28 passageiros e três tripulantes. Morreram 23 pessoas, entre elas, empresários e políticos de Cruzeiro do Sul, que estavam indo para a Expoacre.
Dez anos após a tragédia, sobreviventes e parentes das vítimas ainda se emocionam ao comentar o assunto. Sérgio Melo, irmão do empresário Joãozinho Melo que morreu no acidente, relembra que naquele dia, o irmão se despediu de uma forma diferente parecia estar prevendo a sua morte.
O ex-deputado federal, Ilderlei Cordeiro estava em Rio Branco e seguiu para o local do acidente, assim que ficou sabendo da tragédia. Ele ajudou no socorro às vítimas e pôde pessoalmente constatar em desespero a morte de seu pai, deputado federal Ildefonso Cordeiro e sua mãe, Arlete Cordeiro. “Eram muitas imagens ruins, pedaços de pessoas e da aeronave. O que mais me doeu foi ver meu pai, empresário que tinha tudo, dentro da lama naquela situação. Naquele momento Deus me deu uma reflexão, o que adianta a pessoa ter tudo e não ter Deus”, indaga o filho órfão.
O empresário João Célio Gaspar (João Garapa) ainda tem as marcas do acidente no corpo. Ele passou por várias cirurgias e ficou internado durante três meses e 15 dias em um Hospital de São Paulo. “Fiquei com as marcas, mas com sequelas não”.
O empresário Racene Cameli, mais conhecido por Manú, estava entre os sobreviventes. Ele conseguiu sair das ferragens e pedir ajuda. “Na claridade de um relâmpago, eu consegui enxergar e pular da aeronave. Tinha medo que ela pudesse explodir, era muito combustível derramando inclusive sobre mim”, relembra o empresário agradecido por ter saído ileso.
Da redação do Site Juruá Online
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