Para
evitar o fechamento da BR-364, o governo do Estado, como fez no ano
passado, vai limitar a carga de ônibus e caminhões a partir do dia 10
deste mês (Foto: Sérgio Vale/Secom)
O governador Tião Viana e o diretor do Departamento de Estradas de
Rodagem (Deracre), Ocírodo Oliveira, anunciaram na manhã desta
quinta-feira, 1, algumas medidas para proteger a BR-364 - que ainda tem
um trecho em obras - do inverno amazônico. Nesse período, o tráfego
intenso, somado às fortes chuvas e ao peso dos veículos, forma uma
equação perfeita para deteriorar a via de maneira bastante prejudicial.
Para evitar o fechamento da estrada, o governo do Estado, como fez
no ano passado, vai limitar a carga de ônibus e caminhões a partir do
dia 10 deste mês. Caso as chuvas permitam, o período de limitação pode
começar apenas no dia 15. “A BR está em fase de conclusão, e a
presidente Dilma liberou R$ 143 milhões para recuperação de trechos de
Porto Velho [RO] até Sena Madureira, além de contemplar também uma
parte da BR-317. Não vou permitir danos a essa estrada porque a
população do Acre não pode ficar sem ela. Temos que tomar medidas
protetivas contra o forte inverno”, disse o governador Tião Viana.
Segundo o diretor do Deracre, serão proibidos de circular veículos
com peso bruto total acima de nove toneladas. As fiscalizações serão
permanentes. Ônibus trucados também não serão autorizados. Para o
transporte de gás, produto de primeira necessidade, a quantidade de
botijas no caminhão será reduzida. Gasolina será permitida até
dezembro, e após esse período o transporte será feito em caminhões
toco, com capacidade de carga menor.
O
governador Tião Viana e o diretor do Departamento de Estradas de
Rodagem (Deracre), Ocírodo Oliveira, anunciaram na manhã desta
quinta-feira, 1, algumas medidas para proteger a BR-364 (Foto: Gleilson
Miranda/Secom)
“Vamos manter uma equipe de plantão permanente para os reparos entre
Manoel Urbano e Feijó, trecho que está em obras, e outras equipes
estão divididas ao longo da estrada para garantir a manutenção”, disse
Ocírodo.
O maior desafio da BR-364, além do inverno amazônico, é a sua
localização numa área de solo inadequado para a construção de uma
estrada. Além disso, grandes rios como o Tarauacá, Envira, Purus e
Juruá, além do Caeté, Jurupari e outros igarapés de menor porte, cortam
a estrada, elevando não só os gastos com pontes, bueiros e galerias,
mas dificultando as questões da qualidade do solo.
Engenheiros que trabalharam na estrada se viram obrigados a
desenvolver técnicas novas - que foram inclusive apresentadas em
congressos da categoria no Brasil - e esquecer as regras contidas nos
livros, pois a obra se colocava de forma desafiadora. Com todas as
dificuldades, a estrada deve ser concluída no próximo ano, após quatro
décadas do seu início.
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