Adriano e Adriene no dia da acareação na
delegacia, no ano passado (Foto: G1/TV Globo)
O jogador de futebol Adriano foi denunciado nesta quarta-feira (14)
pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) por lesão
corporal, pelo tiro que feriu um dedo da mão de Adriene Cyrilo Pinto,
disparado dentro do carro do atleta em dezembro de 2011, na saída de uma
boate na Barra, na Zona Oeste. O ex-policial Júlio Cesar de Oliveira,
segurança do atleta, que também estava no veículo e seria o dono da
arma, também foi denunciado.
A Justiça marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 13 de
dezembro, às 13h, no 9º Juizado Especial Criminal (Jecrim) da Barra. Se
condenados, os dois podem pegar de dois meses a um ano de prisão.
O disparo O incidente ocorreu na Avenida das
Américas, próximo ao InfoBarra, após Adriano e Júlio Cesar deixarem uma
boate em Jacarepaguá, com outras quatro mulheres convidadas a irem à
casa do jogador. De acordo com a denúncia, oferecida pelo titular da
Promotoria de Justiça Márcio Almeida Ribeiro da Silva, Júlio Cesar
carregava a arma registrada em seu nome, da marca Taurus, tipo pistola,
calibre 40, o que seria de conhecimento de Adriano.Ainda de acordo com a
denúncia, os acusados deixaram de observar o dever mínimo de cautela e
criaram o risco da ocorrência de lesão corporal no momento em que Julio
Cesar se omitiu do dever de cuidar da arma. “Inerte diante das
‘brincadeiras’ feitas pelo denunciado Adriano com a arma de fogo, o
primeiro denunciado Julio permaneceu negligenciando o risco de lesão que
tal comportamento poderia causar”, descreve o texto da denúncia.
Tentativa de acordo No último dia 6, terminou sem
acordo a audiência preliminar entre o jogador, o segurança e Adriene, no
9º Jecrim. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro (TJ-RJ), a audiência ocorreu sem a presença de Adriene, que
alegou problemas de saúde. Além disso, segundo o TJ-RJ, "foi oferecida a
Júlio Cesar e Adriano a proposta de acordo com a vítima e a opção de
transação penal, que consistia no pagamento de 30 e 150 salários
mínimos, respectivamente, porém os dois recusaram".
O Ministério Público alegou, na ocasião, que tinha até 15 dias para
decidir se iria oferecer ou não denúncia contra o jogador e o
ex-policial.
A audiência havia sido marcada após estudo do inquérito conduzido pela
16ª DP (Barra da Tijuca), que apontou diversas falhas nos laudos
periciais, por ausência de informações técnicas relevantes para o
esclarecimento do caso.
Por isso, o promotor intimou a vítima Adriene a prestar
esclarecimentos. Ouvida no dia 19 de setembro, Adriene manteve as duas
declarações prestadas no inquérito. Segundo ela, Adriano estava no banco
traseiro e manuseou a arma que era de propriedade do ex-policial.
Mudança no depoimento A vítima afirmou que mudou
parte de seu primeiro depoimento apenas porque se sentiu muito
pressionada e ainda por ter recebido a promessa de que o jogador pagaria
as despesas médico-hospitalares.
Anteriormente, jovem havia dito que ela mesma fez o disparo dentro do carro do jogador.
Segundo informações recebidas pelo promotor, o hospital que atendeu
Adriene está cobrando na Justiça as despesas. A assessoria de imprensa
do jogador teria afirmado à direção da unidade que ele não se
responsabilizaria pelo pagamento.
Fonte: G1
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