Desde o início do mês, o assunto mais comentado é o fim do mundo. O
fim seria nesta sexta-feira, 21, e há quem tenha passado o ano inteiro
apreensivo com a chegada desta data.
O dia amanheceu como
todos os dias e nada anormal ocorreu, até o momento, que pudesse levar a
imaginar que uma nova era estaria chegando.
Em Porto Velho,
Rondônia, 200 pessoas ligadas a uma seita religiosa montaram kits de
sobrevivência. Elas acham que podem escapar do fim do mundo, indicado no
Calendário Maia, em abrigos subterrâneos.
Por
outro lado, índios da tribo Katukina, originária do Acre, celebraram a
passagem do calendário Maia em São Tomé das Letras (MG). A tribo é
descendente da civilização que está extinta. No alto do Cruzeiro da
cidade, os índios meditaram, fizeram orações e entoaram cânticos para
comemorar o que eles acreditam ser a chegada de um novo tempo. Ao
contrário do que muitos acreditavam, o "fim do mundo" para eles, é na
verdade um recomeço.
Para o padre Mássimo Lombardi, o fim do
mundo já chegou há tempo, quando a hipocrisia foi desmascarada, as
guerras foram banidas, a igualdade, a fraternidade e a justiça se
tornaram bandeiras da humanidade.
“O diálogo, a tolerância, o
respeito das minorias começou a amadurecer. Foi declarado o maior
mandamento da mais importante Constituição mundial: o amor a Deus e o
amor ao próximo. Aquele mundo velho se acabou de vez há 2012 anos,
quando começou o mundo novo”, comentou em sua página no Facebook.
Último dia do Calendário Maia
Hoje
é o último dia do Calendário Maia. Para alguns, esse fato indica que
hoje o mundo iria acabar. Povos que viviam na região da América Central
antes da chegada dos espanhóis, indicam nos ciclos que eles criaram para
a contagem do tempo. O calendário Maia é um dos mais complexos que se
tem conhecimento e um dos mais precisos.
Para exemplo de
comparação, nosso calendário, o gregoriano, tem uma defasagem anual de
seis horas entre a contagem dos dias e o movimento de revolução da Terra
em torno do Sol, necessitando de um dia a mais a cada quatro anos
(bissexto) para corrigir a defasagem, correção que não é necessária no
calendário maia. Vamos ver mais detalhadamente cada um dos ciclos desse
fascinante calendário.
Calendário Maia
A
data de 21 de dezembro de 2012 seria o fim do Longo Ciclo Maia, um
calendário que tinha como contagem os dias corridos; o dia era chamado
de kin. Vinte kins formavam um uinal; 18 uinals, um tun; 20 tuns, um
katun; 20 katuns formavam um baktun; e 13 baktuns formavam o Longo
Ciclo, composto de 1.872.000 dias! O atual Longo Ciclo, pelo qual
estaríamos passando, iniciou-se no ano de 3.114 a.C. e terminará em 21
de dezembro de 2012, no solstício de inverno, no Hemisfério Norte; ou no
de verão, no Hemisfério Sul. Segundo alguns estudiosos dos maias, esta
data representaria o fim da civilização e a recriação do mundo,
iniciando um novo Longo Ciclo.
Mas além deste Longo Ciclo, os
maias se orientavam na contagem da passagem do tempo por mais dois
calendários. Um baseado no movimento da Terra ao redor do Sol
(calendário solar), cujo ano, o haab, continha 365 dias, divididos em 18
uinals, meses de 20 dias cada, e com mais cinco dias epagômenos (dias
adicionais), considerados como dias de má sorte. Os uinals eram
nomeados, entretanto, não havia uniformidade na nomeação de cada um
deles e nem na utilização deste calendário pelas várias comunidades
maias, o que poderia fazer com que o início de cada um dos ciclos caísse
em dias diferentes para cada uma delas.
Havia ainda outro
calendário, este religioso e que se baseava no movimento realizado pelo
planeta Vênus, sendo assim um calendário sideral (que se utiliza de
astros para a contagem do tempo, que não o sol ou a lua). Neste
calendário, chamado de tzolkin, o ano durava 260 dias e era dividido em
13 períodos de 20 dias cada. Se no calendário anterior os uinals se
referiam aos nossos meses, no tzolkin, eles estabeleciam relações com
nossas semanas, e cada dia do uinal neste calendário tinha um nome.
Os
maias utilizavam os calendários de forma complementar, indicando os
dias em cada um dos calendários, o que levava eles a localizarem um dia
em “anos” diferentes, no haab solar e no tzolkin sideral. Os anos de
cada calendário não concordavam e as denominações dos dias demoravam a
se repetir, o que acontecia apenas a cada 52 anos. Por este motivo, os
maias não viam necessidade de marcar seus “anos”, tanto nos haabs quanto
nos tzolkin. Era uma forma extremamente complexa para se localizar no
tempo, mas bem exata, já que se adequava aos movimentos dos astros
celestes.
Entretanto, eles criaram a “roda do tempo”, um
mecanismo que conjugava as indicações dos dois calendários em dois
círculos (engrenagens), o que possibilitava a indicação exata dos dias
em ambos os calendários.
fonte www.agazeta.net
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