Em reportagem exibida neste último sábado (01/12), o
jornal Folha de S.Paulo, revelou mais um escândalo envolvendo
diretamente o maior líder petista e ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Desta vez, a imoralidade e a traição, a exemplo
do escândalo do mensalão, também estão explícitas, apenas figurando em
outro cenário. Rosemary Noronha seria amante de Lula. Ela é a principal
protagonista na operação Porto Seguro deflagrada pela Polícia Federal,
que investigou esquemas de trocas de favores entre a ex-chefe de
gabinete (Rosemary) da Presidência da República em São Paulo e os chefes
da quadrilha que negociava pareceres técnicos fraudulentos no âmbito da
Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac).
Segundo a Folha, a influência exercida por
Rosemary Noronha, revelada em e-mails interceptados pela operação Porto
Seguro, decorre da longa relação de intimidade que ela manteve com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rose e Lula conheceram-se em 1993. Egressa do
sindicato dos bancários, ela se aproximou do petista como uma simples
fã. O relacionamento dos dois começou ali, a um ano da corrida
presidencial de 1994.
À época, ela foi incorporada à equipe da campanha
ao lado de Clara Ant, hoje auxiliar pessoal do ex-presidente. Ficaria
ali até se tornar secretária de José Dirceu, no próprio partido.
Marisa Letícia, a mulher do ex-presidente, jamais escondeu que não gostava da assessora do marido.
Em 2002, Lula se tornou presidente. Em 2003, Rose
foi lotada no braço do Palácio do Planalto em São Paulo, como
"assessora especial" do escritório regional da Presidência na capital.
Em 2006, por decisão do próprio Lula, foi
promovida a chefe do gabinete e passou a ocupar a sala que, na semana
retrasada, foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal.
Nesse papel de direção, Rose contava com três assessores e motorista.
Nesse papel de direção, Rose contava com três assessores e motorista.
Sua tarefa era oficialmente "prestar, no âmbito de
sua atuação, apoio administrativo e operacional ao presidente da
República, ministros de Estado, secretários Especiais e membros do
gabinete pessoal do presidente da República na cidade de São Paulo".
Durante 19 anos, o relacionamento de Lula e Rose se manteve oculto do público.
Em Brasília, a agenda presidencial tornou a relação mais complicada.
Quando a então primeira-dama Marisa Letícia não
acompanhava o marido nas viagens internacionais, Rose integrava a
comitiva oficial.
Segundo levantamento da Folha tendo como base o
"Diário Oficial", Marisa não participou de nenhuma das viagens oficiais
do ex-presidente das quais Rosemary participou.
Integrantes do corpo diplomático ouvidos pela reportagem, na condição de anonimato, afirmam que a presença dela sempre causou mal-estar dentro do Itamaraty. Na opinião deles, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo não era necessária.
Integrantes do corpo diplomático ouvidos pela reportagem, na condição de anonimato, afirmam que a presença dela sempre causou mal-estar dentro do Itamaraty. Na opinião deles, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo não era necessária.
Oficiais da Aeronáutica se preocupavam com o fato
de que ela por vezes viajava no avião presidencial sem estar na lista
oficial. Em muitas vezes, Rose seguia em voos da equipe que desembarca
antes do presidente da República para preparar sua chegada.
Nessas viagens, seguranças que guardavam a porta
da suíte presidencial nas missões fora do Brasil registravam ao superior
imediato a presença da assessora. Oficiais do cerimonial elaboravam
roteiro e mapa dos aposentos de modo a permitir que o presidente não
fosse incomodado.
Durante esses quase 20 anos, Rose casou-se duas
vezes. Seu primeiro marido, José Cláudio Noronha, trabalhou na Casa
Civil do então ministro José Dirceu quando Rosemary assumiu o escritório
de São Paulo.
Na chefia do gabinete, ela construiu a fama de
pessoa de temperamento difícil. Lula chegou a receber de amigos
reclamações dando conta de que ela tratava mal os funcionários.
Um deles descreveu um episódio em que ela teria
pedido para serventes limparem "20 vezes" o chão do escritório até que
ficasse realmente limpo.
Apesar do temperamento, Rose era discreta e não
gostava de contato com a imprensa. Em algumas festas e cerimônias,
controlava a porta de salas vips, decidindo quem podia ou não entrar.
Também costumava se consultar com o médico de Lula e da presidente Dilma
Rousseff, Roberto Kalil.
Rose acompanhou o ex-presidente em algumas
internações durante o período em que este se recuperava do tratamento de
um câncer no Sírio-Libanês, em São Paulo. Mas só pisava no hospital
quando Marisa Letícia não estava por perto.
Na campanha presidencial de 2006, a chefe de
gabinete circulou nos debates televisivos que Lula teve com o tucano
Geraldo Alckmin.
Ministros e amigos do ex-presidente não negam o
relacionamento de ambos. Foi de Lula a decisão de manter Rosemary em São
Paulo, conforme relatos de pessoas próximas.
Procurado pela reportagem da Folha,
o porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, teria afirmado que o
ex-presidente não faria comentários sobre assuntos particulares.
fonte a folha
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