O clima é tenso no ramal do Loteamento Vila Maria, na BR -364,
próximo a Vila Custódio Freire, entre policiais, fiscais da prefeitura e
34 famílias sem teto que invadiram há três meses uma área de terra no
local.
A tensão aumentou depois que os policiais e fiscais demoliram vários casebres, nestas quinta e quarta-feira.
A invasão fica às margens do igarapé São Francisco, numa região
alagadiça, onde estão duas áreas de proteção ambiental: a APA – Área de
Proteção Ambiental Irineu Serra e a APP – Área de Proteção Permanente
São Francisco.
Mas há ainda possibilidade de que parte das terras seja uma herança
deixada por Ormar Sabino aos filhos. Parte dessa área virou um
loteamento.
Dentro da invasão, a presença de policiais militares impõe medo. “Não
somos marginais. Estamos aqui há três meses na busca de uma terra. A
polícia está aqui colocando medo na gente. Até parece que somos maus
elementos, não somos, não. Somos só pessoas que não tem a oportunidade
de ter uma casa, que não tem condições financeira de construir uma
casa”, diz a invasora Maria da Glória.
Outra invasora, a auxiliar de limpeza Maria Lucilene de Araújo narra
que os policiais e fiscais agem com truculência contra as famílias
“A gente já estava com a casa toda pronta. Tava só esperando chegar à
noite que era pra trazer a coisas pra gente se mudar. Quando foi ontem
eles chegaram e saíram derrubando tudo, porque não tinha ninguém. Eu
estava no trabalho, aí me ligaram, quando eu cheguei aqui já estavam
destelhando a casa todinha, e derrubando as paredes”, diz Maria
Lucilene, que tem dois filhos e está na invasão há três meses.
Os fiscais confirmaram exatamente, a informação da invasora. “Quando
não tem pessoas dentro a gente vem e derruba, mas se tiver pessoas a
gente notifica, faz um cadastro da família e a assistência social vem e
vê o que pode ser feito para colocá-las em outro local. A gente não pode
demolir enquanto tem gente dentro de casa”, disse um dos fiscais à
reportagem.
Na manhã desta quinta-feira, 10, uma comissão formada de cinco
sem-teto esteve no Ministério Público Estadual para pedir apoio em favor
do grupo. O caso deve ser encaminhado à justiça.
fonte 24horas.com
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