O policiamento escolar atendeu 414 casos de violência nas escolas de Rio Branco,
apenas neste ano. Os dados foram registrados no período de 1º de
janeiro a 21 de maio, de acordo com a coordenadora do projeto, sargento
Sideneide Farias. Segundo ela, a maioria dos casos foi resolvido no
local através de mediação.
"Destes casos, apenas 41 tiveram algum tipo de condução, os demais
foram resolvidos no local por mediação. Chamam a polícia, a gente vai lá
e leva um termo", explica.
A sargento salientou ainda que este ano a maioria dos casos atendidos
foram referentes a alunos que brigam dentro ou na frente das escolas.
"Agora nos vamos realizar um novo projeto, vamos nos unir para
trabalharmos com esses jovens que são frequentes em ocorrência.
Trabalharemos com a famílias. Às vezes é apenas falta de diálogo",
explica Sindeide.
De acordo com o subcomandante do Comando de Policiamento Ostensivo
(CPO), major Antônio Teles, a Polícia Militar trabalha desde 2003 para
diminuir os casos de violência nas escolas através da criação do
Policiamento Escolar.
"A escola é a porta de entrada nos lares, é importante ter acesso aos
pais dessas crianças para que elas não dêem tanto trabalho", enfatiza o
subcomandante, que acredita que a violência só diminuirá com um trabalho
conjunto entre a polícia, a escola e os pais das crianças envolvidas.
"É necessário a participação dos pais, acompanhar e orientar, não deixar
apenas a cargo dos professores e da policia", afirma.
De acordo com o oficial, o efetivo do policiamento escolar aumentou
recentemente, passando de 35 para 44 policias. Ele afirma que são
selecionados oficiais com perfil para trabalhar com crianças e
adolescentes. "O policial tem que gostar de lidar com criança e
adolescente. Tem que ser aquela pessoa que gosta de trabalhar com
educação, educadores sociais. E precisam ter paciência, pois às vezes
tem que repetir a mesma coisa várias vezes", afirma.
Para o oficial é primordial que os pais não estimulem a violência. "Se o
seu filho está sofrendo algum tipo de violência, é necessário conversar
com o gestor e não estimular o filho a revidar a violência" , afirma.
Para ele, é preciso trabalhar para que a criança ou adolescente que é
violento se torne uma pessoa mais tranqüila.
Violência psicológica
O major Antônio Teles afirma que a violência física não é a única que
está presente na vida das crianças e adolescentes. Ele lembra que existe
o bullying e a violência psicológica. "Muitas vezes a gente só pensa na
violência física, esquece do bullying, violência psicológica. É
necessário impedir cada vez mais esse tipo de violência", afirma.
Segundo ele, as redes sociais e o acesso a celulares e tablets faz com
que esses tipos de violência fiquem cada vez mais visíveis. Ele lembra
de um caso onde adolescentes induziam o desmaio forçado nas escolas. De
acordo com o major, os profissionais contratados para trabalhar com o
policiamento escolar recebem uma capacitação para lidar com esses outros
tipos de violência, que muitas vezes não são visíveis, mas deixam
marcas.
fonte g1
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