Professores denunciam manobra para acabar com movimento grevista

Dezenas de professores da rede pública de ensino, que continuam em greve, se reuniram na praça central e logo, em frente à sede do Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Simplac) para buscar o que eles chamam de ajuda para manter a greve e não permitir que o movimento sucumba diante de supostos lobbys governistas feitos através de lideranças sindicais.

De acordo com os professores, há uma tentativa de liquidar o movimento grevista, mesmo contra a vontade da categoria.

A categoria protesta ainda sobre as últimas declarações dos sindicatos que acusaram os grevistas de baderneiros/Foto: Agência ContilNet
A categoria protesta ainda sobre as últimas declarações dos sindicatos que acusaram os grevistas de baderneiros/Foto: Agência ContilNet
Eles afirmam, também, que estão indignados com a peça publicitária divulgada pelo governo do Acre em que os conclama a voltar à sala de aula, sob argumento de que os salários deles foram reajustados inúmeras vezes nos últimos anos.

“É um absurdo aquela propaganda, assim como também é um absurdo o que o sindicato está fazendo”, dispara um dos professores.

O professor Fagner Morais, lotado na escola José Rodrigues Leite, diz que os sindicalistas sumiram e tiraram a estrutura mantida como, por exemplo, tendas, água e carro de som que estava a serviço do movimento.

“Eles sumiram. Querem decidir algo sem o aval da categoria. Nós iremos resistir e fazer nosso próprio movimento”, diz.

Fagner afirma que os professores que continuam com a intenção de obter do governo o cumprimento das pautas de reivindicações apresentadas criaram uma espécie de movimento alternativo, apartidário, sem qualquer tipo de ligação com o governo, cuja única finalidade é a defesa da categoria.

“Queremos pôr abaixo esse paradigma de que as lideranças são ligadas a partidos. Estamos descontentes com as atitudes desse movimento que está aí, que nos chamou para a greve e quer retirar o direito de protestar, sem ao menos as pautas terem sido atendidas. Se eles iriam aceitar aumento do governo só em 2014, então por que convocaram greve agora?”, questionou.


Bruna Lopes, professora na escola Heloiza Mourão Marques, diz que os professores irão continuar a luta pelas melhorias e que não entende o comportamento do sindicato.

“Eles ficam usando o carro de som para espalhar por aí que há baderneiros. Como podem fazer isso contra a própria categoria?”, questiona.

A categoria protesta, ainda, por causa das últimas declarações dos sindicatos, que acusaram os grevistas de baderneiros e de promover agressões durante o manifesto de sexta-feira (19).

Este é o 28° dia de greve da Educação no Acre.  
 fonte    Agência ContilNet

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