A casa que pertenceu à professora e escritora Florentina Esteves e primeiro imóvel particular tombado em Rio Branco pelo Patrimônio Histórico estadual, pegou fogo na madrugada de domingo (4). De acordo com o 2° tenente do Corpo de Bombeiros, Jean Amaral, que atendeu a ocorrência, existe a possibilidade de ter acontecido um incêndio criminoso, porém, isso só será comprovado com a perícia técnica.
"A gente não tem como afirmar sem uma perícia, mas nós suspeitamos que pode ter sido ato incendiário. Não havia moradores no local e a parte de trás da casa queimou muito, o que nos faz entender que foi lá que começou o foco de incêndio", disse.
De acordo com o tenente, não houve vítimas durante o incêndio. Um comércio próximo ao local foi parcialmente atingido. "Aquele casarão é bem grande, quando chegamos já estava queimando a parede da loja de agropecuária ao lado. Armamos duas linhas de mangueira, fizemos o resfriamento, o combate ao fogo e conseguimos controlar o foco do incêndio, para evitar que ele passasse adiante" afirmou o tenente.
Foram utilizados três viaturas e foi gasto ao menos 30 mil litros de água para conter o fogo. Ao todo, 6 combatentes trabalharam na operação.
O chefe do departamento de patrimônio histórico do estado, Liberio Alino, afirma que já foi feito um boletim de ocorrência e acionado a perícia do corpo de bombeiros, que em um prazo de 10 dias deve apresentar o resultado do laudo. "Vamos agora aguardar o resultado para saber qual o procedimento civil iremos tomar. Esse laudo será apresentado ao Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), pedindo providência, tendo em vista que a casa tinha sido tombada", disse.
Localizada no Segundo Distrito de Rio Branco, ao lado da Câmara Municipal de Rio Branco, a casa da Dona Florentina, como era popularmente conhecida, foi a primeira residência particular de Rio Branco a participar e finalizar um processo de tombamento, que teve início em 2010.
Segundo Libério Alino, o processo foi votado no mês anterior no conselho do Patrimônio Histórico Cultural, que acatou o tombamento por unanimidade. "Por ser uma casa muito bela, os conselheiros acharam que ela poderia ser tombada pelo seu processo histórico, mas também, sobretudo, pelo aspecto das belas artes", lembra.
O proprietário do imóvel já foi notificado, e de acordo com o chefe do Departamento de Patrimônio Histórico, o Estado vai se posicionar oficialmente em relação ao incêndio, e o assunto será discutido com o conselho de Patrimônio Histórico Cultural do Estado. "Ela é considerada a segunda casa mais antiga de Rio Branco, vamos ter que tomar providenciar para que esse tipo de coisas não volte a acontecer ", afirma Alino.
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