Com medo do ebola, servidores do Acre negam atendimento médico a senegaleses

Medo do ebola leva servidores a negar atendimento aos senegaleses no Acre
O vírus ebola já é uma realidade no Brasil e servidores do Acre estão com medo. Não bastasse o medo, estão negando atendimento médico a senegaleses. A informação é do Blog do Josias de Souza, do portal UOL.
O portal ContilNet Notícias foi o primeiro a alertar sobre o vírus no país. Como o alerta aconteceu bem antes de outros veículos do estado, causou estranheza nos internautas. O atual surto do ebola já matou mais de 1.550 pessoas em cinco países africanos. Agora, até o Brasil já está com medo. Nesta sexta-feira (29), servidores públicos que prestam assistência a estrangeiros que entram no país pelo Acre negaram atendimento a refugiados senegaleses.
As recusas começaram após a ministra da Saúde do Senegal, Awa Marie Coll Seck ter confirmado o primeiro caso de ebola no país.
O governador do Acre, Tião Viana (PT), falou sobre o receio: “Por receio do contágio, o pessoal do Ministério do Trabalho, que emite as carteiras de trabalho, está negando atendimento aos senegaleses”. Segundo o Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estados, Nilson Mourão, "há receio e sobressalto também na Polícia Federal", que emite vistos temporários aos refugiados.
De acordo com Mourão, um abrigo de Rio Branco, capital do Acre, estava com 20 senegaleses ontem. "Esse número muda todo dia, está sempre chegando mais", diz o secretário. Os senegaleses chegam pela fronteira que separa a cidade de Iñapari, no Peru, de Assis Brasil, no Acre, trazidos por coiotes, traficantes de seres humanos.
Tião Viana afirma que já havia feito a solicitação de uma equipe técnica para realizar o controle sanitário na fronteira: “O alerta foi feito há vários meses. Foram informados os ministérios da Justiça e da Saúde, além da Anvisa e da Secretaria de Direitos Humanos. Faz tempo que os senegaleses entraram nessa rota de imigração. Embora não houvesse casos de ebola no Senegal, o país faz fronteira com países que sofrem com a epidemia. E nós estávamos preocupados.”
O Acre é apenas a porta de entrada dos imigrantes, que depois de terem os documentos emitidos, viajam para São Paulo. Uns ficam por lá, outros seguem para os demais Estados brasileiros.
fonte   www.contilnetnoticias.com