Iapen estuda forma de acabar com revista íntima em presídios do AC


O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) ainda não possui data certa para colocar fim à revista íntima nos presídios do estado. No entanto, de acordo com o diretor do órgão, Martin Hessel, algumas mudanças no atendimento aos visitantes devem ser implantadas a partir da segunda semana de outubro. No dia 2 de setembro, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária publicou uma resolução no "Diário Oficial da União" recomendando o fim da revista íntima em presídios.
"A gente tem a intenção de humanizar a revista e não ferir a dignidade de visitantes e detentos", explica Hessel. Segundo ele, o Instituto está fazendo um levantamento dos equipamentos existentes nos presídios para realizar a manutenção e buscar recursos para adquirir novos aparelhos de raio-X, scanners corporais e monitores de vídeo.
O diretor diz que aguarda ainda uma resposta do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e do Ministério da Justiça sobre a possibilidade de doação de alguns dos equipamentos utilizados durante a Copa do Mundo para os presídios acreanos. ANTES disso, porém, ele diz que estuda alternativas para tentar humanizar o atendimento nos presídios.
Com essa resolução e com o anseio da sociedade e do estado em encerrar a revista íntima já buscamos outras alternativas para logo. A partir da segunda semana do mês de outubro, teremos uma nova posição sobre essas revistas", diz.
Hessel diz que atualmente apenas os presídios de Rio Branco recebem cerca de 1,6 mil visitantes todos os domingos, dia em que há visita familiar
Cartão magnético
Uma das primeiras mudanças no atendimento anunciadas pelo diretor é a substituição das carteirinhas utilizadas pelos visitantes para terem acesso aos presídios. "Estamos em fase de testes para alterar o modelo da carteirinha que será magnético com informações sobre os visitantes e os presos que eles visitam", explica.
Hessel acredita que a mudança trará mais agilidade ao atendimento, já que atualmente a conferência dos dados precisa ser feita de forma manual. "Pode até chegar a resolver o problema da demora", especula.
A medida deverá ser implantada em Rio Branco ainda em 2014, segundo estimativa do diretor, e depois deve ser levada para os outros municípios acreanos.
fonte g1