Um homem foi preso em flagrante, nesta terça-feira (10), em Rio Branco, suspeito de exercer ilegalmente a medicina, no Posto de Saúde do São Francisco. Segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Fernandes, o flagrante foi realizado pela polícia no momento em que Renato Vilela atendia pacientes na unidade. "Ele foi preso enquanto estava atendendo. Recebemos a denúncia de havia um cidadão sem CRM atendendo. Fomos lá e flagranteamos. No primeiro momento pedimos que ele se identificasse como médico, mas ele disse que não possuía CRM", salienta. Segundo Fernandes, o suposto médico vai responder por exercício ilegal de medicina e falsidade ideológica, podendo pegar até seis anos de prisão, caso seja condenado. "Ele utilizava um carimbo com CRM de Minas Gerais, verificamos junto ao CRM-MG e constatamos que não existe esse registronaquele órgão. Vamos dar continuidade à investigação e ele pode, inclusive, responder por outros crimes", explica. O delegado informou ainda que deve investigar a informação de que Renato Vilela tirava plantão para outros médicos na capital. "Vamos verificar e, se for verdade, esses médicos também podem responder criminalmente.
Às vezes o dinheiro quer falar mais alto' Na unidade do São Francisco ninguém quis se pronunciar oficialmente, no entanto, de acordo com funcionários do local, Vilela já estava trabalhando no local há cerca de dois meses. Na delegacia, Renato Vilela falou com a imprensa e admitiu que usava um registro falso, que segundo ele, teria conseguido com um amigo que não quis revelar o nome. Apesar de não possuir CRM, ele alegou ainda que teria concluído o curso de medicina na cidade de Cochabamba, na Bolívia, país que faz fronteira com o Acre. "Cometi um equívoco e agora é cair nas mãos da lei. Um amigo meu com CRM me chamou para substituí-lo nas férias, aí às vezes o dinheiro quer falar mais alto e a gente faz isso. Sei que errei e estou tranquilo", comenta. Ao G1, o secretário de Saúde de Rio Branco, Otoniel Almeida, diz que um processo administrativo será aberto para investigar a contratação do médico, que segundo ele, não existe nenhum vínculo trabalhista de Vilela com o município. Foi um acordo entre os próprios médicos. O que tem contrato com o município combinou com o Vilela para que ele o substituísse durante um período em que iria ficar fora da cidade. Só que esse médico que tem contrato conosco não formalizou esse procedimento para a secretaria. Vamos apurar de quem são as responsabilidades dessa contratação", explicou. fonte g1